A iniciativa é do chamado P5, fórum de concertação que junta representantes da ONU, União Africana, Comunidade Económica dos Estados da Africa Ocidental (CEDEAO), a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) e a União Europeia.
O encontro, conduzido pelo novo representante do secretário-geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau, Modibo Traoré, juntou uma delegação PAIGC, chefiada pelo ex-primeiro-ministro, Carlos Correia e a do PRS, liderada pelo antigo presidente do Parlamento, Jorge Malú.
Nesse encontro, PRS disse que está aberto a qualquer solução que possa garantir a paz e estabilidade do país.
A posição foi defendida por Jorge Malú, um dos vice-presidentes dos renovadores, depois da saída de o encontro com a comunidade internacional no país e quando questionado aos jornalistas sobre as informações veiculadas nos últimos dias sobre a constituição de um novo governo que deve integrar também o PAIGC e que depois será liderado por uma figura independente.
“Esta é uma das saídas apontadas. O PRS deixa claro que está aberto a situação para desbloquear o país. Se esta é a solução estaremos a frente porque nós (o PRS) somos potenciais vencedores da próxima eleição e por isso queremos herdar um país tranquilo”, afirma defendendo que no dia que o PRS e o PAIGC chegarem ao consenso esta crise desaparecerá definitivamente, mas “a humildade e o excesso de orgulho” não continuam a ajudar.
Entretanto, o primeiro-vice presidente do PAIGC, Carlos Correia, também presente no encontro, disse que deve se chegar a um novo acordo para criar um novo executivo porque o actual “não tem pernas compridas para os grandes passos que o país precisa”.
Carlos Correia disse ainda que o seu partido está disposto a novas mudanças porque “tem o direito sendo o vencedor das últimas eleições”.
Portanto, sobre o impasse prevalecente na casa do povo, segundo Jorge Malú a assembleia deve ser o primeiro órgão a cumprir a lei e o parlamento não pode e nem deve impedir qualquer partido político de praticar os seus exercícios políticos.
Este político disse ainda que a ANP não deve transformar em sede política e Cipriano Cassamá deve ter “condições morais” e deixar de cumprir a agenda política de um outro partido político.
“O Presidente do parlamento deve ser um árbitro que poderá estar em condições de ser o presidente de todos os deputados. Deve ter condições morais e evitar de defender a agenda política clara de um outro partido e sendo assim perde o poder de criar um diálogo e de buscar uma solução verdadeira”, defende.
Esta é a segunda vez que a comunidade internacional senta a mesma mesa com os partidos políticos para uma auscultação sobre a estratégia para a saída da crise a nível do parlamento. desta vez o encontro foi só com o PAIGC e com o PRS.
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