O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz garantiu nunca será dissolvido o Parlamento



O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, garantiu ontem que enquanto for chefe de Estado o Parlamento do país nunca será dissolvido e aconselhou a classe política a entendimentos para o fim do impasse político.

José Mário Vaz fez a declaração à chegada ao aeroporto de Bissau, depois de uma visita de 24 horas ao Sudão, onde, disse que se foi encontrar com o seu "irmão mais velho", o Presidente daquele país, Omar Al-Bashir.

Ao responder a uma pergunta sobre se pensa dissolver o Parlamento já que se assiste um impasse no órgão, com os principais partidos desavindos quanto a aprovação do programa do Governo, o Presidente guineense afastou essa hipótese de forma categórica.

"Nunca. Nem hoje, nem amanhã, nem nunca. O Parlamento não será dissolvido, a minha preocupação é que haja entendimento entre os guineenses para que tenhamos uma solução para sairmos desta crise", observou o líder guineense.
José Mário Vaz falava no salão de honra do aeroporto internacional Osvaldo Vieira de Bissau na presença do presidente do Parlamento, Cipriano Cassamá, e do primeiro-ministro, Baciro Djá.
Vários setores políticos guineenses defendem a dissolução do Parlamento, competências do chefe de Estado, como única forma para ultrapassar o impasse.

"O Parlamento nunca será dissolvido enquanto eu for Presidente da República", declarou ainda José Mário Vaz para esclarecer que a crise política que o país vive, há mais de um ano, não tem nada que ver com a Presidência da República.

Questionado sobre o facto de o Governo de Baciro Djá estar há mais de 60 dias sem ter o programa de governação aprovado pelo Parlamento, conforme manda a lei guineense, José Mário Vaz remeteu para o primeiro-ministro a resposta sobre o assunto.

A lei guineense considera ilegal o Governo que não tenha o programa aprovado pelo Parlamento apos 60 dias em funções, devendo, nestas circunstâncias, o chefe de Estado demitir o executivo.
José Mário Vaz disse que vai limitar-se a respeitar a Constituição do país sem, contudo, especificar o que tenciona fazer. Lusa

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