O programa de ajuda financeira do Fundo Monetário Internacional à Guiné Bissau continuará suspenso, mas poderá ser retomado futuramente após o novo governo ter sido empossado, comentou ontem o porta-voz do FMI.
"Posso dizer que, no esforço de trazer o programa de volta ao seu caminho, continuaremos a promover assistência técnica e de aconselhamento de políticas e a continuar as discussões com o novo governo que foi empossado recentemente", disse Gerry Rice numa conferência de imprensa na sede da organização em Washington.
A assistência financeira no âmbito do Programa de Financiamento Ampliado [Extended Fund Facility - EFF, em inglês] à Guiné-Bissau foi posta em risco por causa de um resgate à banca, feito em 2015, no valor de 52 milhões de euros, o que violou os critérios de crédito líquido ao governo.
"O que também fez com que os parceiros internacionais como Banco Mundial, o Banco Africano de Desenvolvimento e a União Europeia suspendessem seu apoio financeiro", acrescentou.
No início de junho, o FMI já havia anunciado que não desembolsaria as restantes parcelas, previstas no acordo de Facilidade de Crédito Permanente aprovado pela administração do FMI a 10 de julho de 2015, o que equivaleria a pouco mais de nove milhões de euros.
A crise política que atravessa Guiné-Bissau há onze meses - tendo tido quatro governos - deixou o país sem Orçamento de Estado para 2016 e sem certezas quanto ao futuro, o que está a minar a capacidade de captação de apoio externo.
Lusa com Conosaba/MO
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