Rui Diã de Sousa |
Certório Biote |
Os deputados que sustentam o Governo da Guiné-Bissau ameaçaram hoje destituir a direcção do Parlamento do país que acusam de "manobras para inviabilizar a governação" do primeiro-ministro, Baciro Djá.
Em conferência de imprensa, a bancada parlamentar do Partido da Renovação Social (PRS) e o grupo dos 15 deputados dissidentes do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), acusaram o presidente do Parlamento, Cipriano Cassamá, e o primeiro vice-presidente do órgão, Inácio Correia, de serem autores dessas alegadas manobras. Porque depois de mais de três horas de discussão com o Primeiro-ministro, o Presidente da ANP comprometeu-se a convocar a Conferencia de Líderes no próximo dia 27 do corrente mês e a Comissão Permanente no dia 28. Para Biote, todas essas voltas, Cipriano Cassamá está a delatar o tempo para depois encontrar motivos para alegar que o Governo não apresentou o Programa a tempo, conforme a lei.
Para terminar, disse que o Presidente da Republica já tem conhecimento da manobra em curo, pelo que será acionada mecanismos tendentes a evitar mais bloqueios no parlamento e o alastrar da crise na ANP.
Contudo, Rui Diã de Sousa, porta-voz dos 15 dissidentes do PAIGC, afirma acreditar que havendo vontade politica, os outros partidos representados no parlamento dispõe de mecanismos legais para se ultrapassarem de qualquer tipo de crise. Pelo que acredita que a mesa de ANP vai repensar melhor e propor uma solução para que a casa do povo possa livrar de uma vez para sempre deste impasse no seio dos parlamentares.
Em jeito de reação, o Presidente do Parlamento guineense em comunicado, considerou que a data proposta pelo Governo para agendamento dos debates e votação do programa de governação, não era viável, não só pela imposição regimental, como pela sua operacionalização com carácter de urgência pelo simples facto da ANP estar de férias e os deputados encontrarem-se numa grande maioria fora de Bissau e no estrangeiro.
Por isso, o Parlamento propôs ao Primeiro-ministro, Baciro Djá as datas indicativas de 01 ou 02 de Agosto, datas essas condicionadas à decisão a tomar pela Comissão Permanente na sua reunião a ter lugar à 28 do corrente, e ser necessário seguir os procedimentos impostos pelo regimento da ANP, nomeadamente a proposta à Mesa.
Cipriano Cassama |
Por isso, o Parlamento propôs ao Primeiro-ministro, Baciro Djá as datas indicativas de 01 ou 02 de Agosto, datas essas condicionadas à decisão a tomar pela Comissão Permanente na sua reunião a ter lugar à 28 do corrente, e ser necessário seguir os procedimentos impostos pelo regimento da ANP, nomeadamente a proposta à Mesa.
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