O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, revelou ontem ao primeiro-ministro, Baciro Dja, um conjunto de ações que o Governo deve atacar para "satisfazer as necessidades da população".
No discurso de posse aos membros do Governo, José Mário Vaz disse que o tempo que resta para o fim da legislatura é curto, mas que dois anos é tempo "mais que suficiente" para resolver os problemas imediatos da população.
José Mário Vaz pediu à equipa de Baciro Dja para que elenque um "cabaz de medidas urgentes" para"concretizar a esperança do povo", o que, disse, passaria pela salvação da campanha de comercialização da castanha do caju (principal produto de exportação) e produção do arroz, base da dieta alimentar dos guineenses.
O chefe de Estado guineense quer que se incluam também nesse cabaz de medidas o fornecimento de peixe às populações, água potável, energia elétrica, melhor educação, serviços de saúde e infraestruturas sociais.
O Presidente guineense instou a comunidade internacional a apoiar o novo Governo na materialização desses objetivos através de ajudas técnicas ou financeiras.
O novo primeiro-ministro, Baciro Dja, disse que com a entrada em funções do seu Governo a crise política que a Guiné-Bissau vive há mais de três meses chegou ao fim.
Baciro Dja afirmou, contudo, conhecer as dificuldades que o seu Governo terá que enfrentar nomeadamente o facto de os principais parceiros financeiros, Fundo Monetário Internacional (FMI) eBanco Mundial (BM), terem cortado, temporariamente, a cooperação com a Guiné-Bissau.
Entre as várias medidas, o novo primeiro-ministro prometeu trabalhar para restaurar a autoridade do Estado.
Membros do Governo que antecedeu a equipa de Baciro Dja continuam a ocupar o palácio do executivo em sinal de protesto pela decisão do chefe de Estado, José Mário Vaz, em demiti-los no passado dia 12 de maio.
Lusa/Conosaba/MO
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