Bissau, 21 Jun. 16 (ANG) – O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC)acusou a Procuradoria-Geral de República de estar a levar a cabo, actos de perseguição e de violação dos direitos fundamentais dos ex-membros do governo liderado por Carlos Correia.
De acordo com uma nota de imprensa desta formação política, o antigo Secretário de Estado da Ordem Pública, Luís Manuel Cabral foi “coagido e fortemente ameaçado e, só a intervenção conjunta das autoridades religiosas e da comunidade internacional evitou a sua detenção na passada sexta-feira, com o fito de humilhação e desrespeito”.
A mesma nota acrescenta que o Secretário de Estado das Pescas do governo demitido de Carlos Correia teria sido “convocado e ouvido durante mais de cinco horas no Ministério Público, acto após o qual, Ildofonso Barros fora aplicado medidas de coacção restritiva”.
“A Ministra da Saúde foi perseguida e ameaçada, nem a presença de autoridades religiosas que a acompanharam dissuadiu os perseguidores que seguiam em duas viaturas”, lê-se no documento do PAIGC, que acrescenta que a viatura de Cadi Seidi foi alegadamente vandalizada na garagem da sua casa.
O PAIGC, para além de falar em “restrições” de circulação de oito antigos membros do governo, incluindo o ex-chefe do executivo, Carlos Correia, acusa, igualmente o Procurador-Geral de República de “tentativas persistentes para o levantamento da imunidade parlamentar ao Presidente do Partido”, visando supostamente submeter Domingos Pereira a “coacções e atrocidades”.
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Finalmente, o PAIGC exorta às organizações da sociedade civil e a comunidade internacional para que assumam as suas responsabilidades neste processo, “tendo em conta os riscos de derrapagens, se medidas urgentes não forem tomadas para travar a deriva política, social e securitária” na Guiné-Bissau.
ANG/QC/SG/Conosaba/MO
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