Os chefes de estado e de governo da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) anunciaram, em comunicado, a criação de uma delegação presidencial para avaliar a crise política na Guiné-Bissau.
A delegação inclui os presidentes da Guiné-Conacri, Senegal e Serra Leoa e deverá "encontrar-se com as partes interessadas na crise política da Guiné-Bissau, a fim de avaliar melhor a situação no país", refere a organização.
A criação da delegação foi anunciada no comunicado final da 49.ª conferência de chefes de estado e de governo da CEDEAO, realizada no sábado, em Dacar, capital do Senegal.
Os países da África Ocidental exprimiram "profunda preocupação com a persistência da crise na Guiné-Bissau", colocando "em risco a implementação dos compromissos assumidos pelos parceiros de desenvolvimento" no encontro de doadores de 2015.
Na altura, o governo da Guiné-Bissau apresentou um plano de desenvolvimento a cinco anos que recebeu promessas de apoio financeiro no valor de mil milhões de euros.
"A Conferência convida o Governo e a oposição para encontrarem soluções para todos litígios, em conformidade com os procedimentos da Constituição", acrescentaram os participantes no comunicado final do encontro.
Os chefes de estado e de governo decidiram ainda prorrogar por um ano a missão da ECOMIB, força militar e policial de vários países da CEDEAO, estacionada na Guiné-Bissau desde o golpe de Estado de 2012 com o propósito de estabilizar o país.
Foi também decidido encetar contactos com a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP)com vista à organização de uma reunião do Grupo Internacional de Contacto da Guiné-Bissau.
A conferência serviu para o novo presidente da comissão da CEDEAO (cargo rotativo) prestar juramento: o Benim nomeou para a função, Alain Marcel de Souza, ex-candidato presidencial naquele país e quadro do Banco Central da África Ocidental.
No encontro de sábado, em Dacar, participaram os Presidentes do Benim, Burkina Faso, Costa de Marfim, Cabo Verde, Gana, Guiné-Conacri, Libéria, Mali, Niger, Senegal e Serra Leoa.
Participaram ainda o vice-presidente da Nigéria, o primeiro-ministro da Guiné-Bissau, o ministro do Comércio da Gâmbia e o ministro de Estado e Economia do Togo.
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