A missão do Conselho de Segurança da ONU que ontem visitou a Guiné-Bissau pediu aos líderes guineenses que respeitem o quadro institucional para que o país saia do impasse político e obtenha estabilidade.
Ismael Martins, o chefe da delegação do Conselho de segurança das Nações Unidas que se deslocou a Bissau, deixou o país com um apelo à normalidade institucional e à estabilidade política.
Após as audiências com dirigentes e responsáveis políticos, o diplomata angolano nas Nações Unidas sublinhou ser imperativo que o país tenha “um Governo que governe, um Parlamento a exercer de forma cabal o seu papel.” Martins considera que o sentimento dos membros da delegação é que “saímos com a sensação de que com um pouco mais de paciência, de procura, de abertura, encontraremos uma saída.
Apesar da curta duração da estada, a delegação encontrou-se com os líderes dos dois principais partidos guineenses, o PAIGC e o PRS, com o presidente José Mário Vaz mas também com missões diplomáticas e organizações da sociedade civil.
Domingos Simões Pereira, presidente do PAIGC, reitera a importância de cumprir com as leis e com o mandato popular.
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Refira-se que o chefe-de-Estado guineense continua a recusar aceitar a perda de mandato no parlamento dos 15 deputados expulsos do PAIGC que ameaçaram provocar a queda do actual governo, um executivo que sucedeu ao de Domingos Simões Pereira. O Parlamento guineense tem estado assim paralisado há mais de um mês.
Do encontro com o presidente guineense, Ismael Martins reteu o facto de José Mário Vaz ter reafirmando que “ninguém está acima da lei” na Guiné-Bissau. A delegação do Conselho de Segurança da ONU, sob presidência angolana desde a semana passada, já esteve no Mali e deslocou-se para o Senegal depois da etapa guineense. RFI
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