“BALLET NACIONAL” 40 ANOS A SERVIÇO DA GUINÉ-BISSAU

Ballet Nacional, aspecto de actuaçao

Num passeio às ruas da nossa capital Bissau, a reportagem do site universitário “BISSAU-LIFE” resgatou a história da mais antiga organização cultural do país, o grupo “Ballet Nacional” ou se preferir “Esta é a Nossa Pátria Amada”, com 40 anos de existência a serviço da nação guineense.

O “Ballet Nacional” é um grupo fundado no dia 28 de Novembro de 1975 pela Camarada Jackelina Ramos Camará, nascida na República vizinha de Guiné-Conacri. Jackelina Ramos Camará é esposa de Pedro Ramos chefe militar no reinado do Presidente Luís Cabral.
No início, o grupo fora chamado de “Grupo de QG” tendo em conta que ensaiava no Clube das Forças Armadas Revolucionárias do Povo (FARP), no Quartel-General (QG). No começo “Ballet Nacional”estava composto por 50 jovens.
O grupo ganhou outro rumo, depois de Luís Cabral ter assistido uma atuação do “Ballet Nacional”, na qual então Chefe do Estado guineense tinha sugerido aos responsáveis do projeto para que o grupo teatral passasse a chamar de “Esta é a Nossa Pátria Amada”. Porque julgou que “Ballet Nacional” é um grupo cultural que apresenta as danças das diversas etnias que compõem o mosaico cultural guineense.
Como uma instituição estatal, o “Ballet Nacional” recebe apoios do Estado guineense. “Esta é a Nossa Pátria Amada” representa o país a nível nacional e internacional. O Estado da Guiné-Bissau é quem assumia  todas as despesas do referido grupo teatral nas viagens, nas compras de materiais e outras despesas necessárias.
“Ballet Nacional” trabalha nas diferentes áreas artísticas, como a dança tradicional, “ensemble” e dança contemporânea que é um sistema de dança com corriografia e estética bem definda, é uma dança pouco conhecida na Guiné-Bissau que exige uma boa estética do corpo. O grupo conta atualmente com 58 elementos, 35 efetivos e 23 contratados. O percurso dos 39 anos de vida do “Ballet Nacional” constituiu o seguinte Repertório.
Tangente às peças teatrais, criou-se ao longo das quatro decadas: “Esta é a Nossa Pátria Amada” – realçando o amor que os guineenses têm para com o chão de Cabral; “Morte de Cabral” – espelhando a forma como o pai da Nãção guineense e cabo-verdiano foi assassinado; “3 de Agosto” – a peça alustra a primeira resistência dos guineenses que precede a luta de libertação nacional; “Okinka Pampa” – retratando a história da rainha resistente aos colonos nas ilhas bijagós; “Império de Kansala” – para recordar a história daquela localidade que acolhe dos mais antigos acontecimentos historicos da Guiné-Bissau; “Balobeiro” – ligada as adorações e crenças africanas; “Toma Dibo” – que reflete ao quotidiano; “Para Kéma Matu” – que sensibiliza os cidadãos para deixarem de queimar as nossas matas; “Égue Kasamento Forsadu” – também sensibiliza o abandono às práticas nefastas e “Velho N’bundé” – que espelha o valor dos velhos na sociedade guineense.
“Ballet Nacional” é considerado por muitos como sendo, o Passaporte Diplomático Cultural da Guiné-Bissau, tendo representado o país através da divulgação da  cultura  da Guiné-Bissau ao nível internacional, como por exemplo, ganhou diferentes festivais internacionais.

CONHEÇA “BALLET NACIONAL” – “ESTA É A NOSSA PÁTRIA AMADA”
“Ballet Nacional” esteve no Senegal pela primeira vez no ano 1978.Em 1987 volta novamente ao solo senegalês e a sua última actuação acontece em 2010.
“Esta é a Nossa Pátria Amada” visitou Cabo Verde em 1978 e no mesmo ano viaja para Cuba.
Em 1979 foi a vez daquele que era espelho cultural da Guiné-Bissau pisar o solo angolano, no mesmo ano segue uma viagem até Coréia, onde traz 40 tratores agrícolas ao nosso país, porque a Guiné-Bissau priorizava a agricultura.
Em 1982 “Ballet Nacional” volta novamente a Coréia, país que pisa pela última vez em 1989. O grupo cultural guineense tem ainda  na sua história  uma passagem notável nos outros países irmãos da Guiné-Bissau como, a Rússia (1981), China (1982), Líbia (1982) no Festival Pan-Africano, Guiné-Conacri (1984), Bulgária (1979) e Portugal no ano 1990.


In GBISSAU-LIFE

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