O julgamento de 17 militares acusados na tentativa de golpe de estado de 26 de Dezembro de 2011, inicialmente marcado no Tribunal Regional de Bissau, foi adiado sine-dia.
Em causa, segundo os acusados, a instância judicial não esteve a altura de efectuar a audiência do julgamento.
Os militares são acusados da subversão da ordem constitucional no período do então Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas, General António Indjai.
De acordo com o despacho da Vara-Crime do Tribunal Regional de Bissau e o colectivo dos militares “insurreição”, desde 2011 a esta data, foram proibidos de receber os seus salários, por parte do Estado Maior General das Forças Armadas, retirados viaturas, afastados das casernas militares, sem nenhum fundamento legal e que se lhe são aplicados padece de vício de violação da lei.
O despacho do Tribunal Regional de Bissau revela que os suspeitos estão em presença de decisões arbitrárias e atentatórias dos direitos humanos. Ordenando desde o dia 17 de Julho de 2015 a retoma ao serviço ao respectivos responsabilidades e o pagamento dos seus salários. Facto que não acontece até agora.
Na carta endereçada ao então Procurador-geral da República, Hermenegildo Pereira, Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Tribunal Regional de Bissau e ex-ministra da Defesa Nacional, Cadi Seidi, o grupo manifesta-se disponível ser julgado por forma a esclarecer definitivamente, o “mítico caso”, mas que até agora, não foi feita a justiça.
Recordamos que os 17 militares foram detidos a 26 de Dezembro de 2011, postos em liberdade no dia 20 de Junho de 2012, cerca de 05 anos continuam a viver entre a penúria e a expectativa.
Eis os nomes dos suspeitos: 01-José Américo Bubo Na Tchuto, 02-Watna Na Lai, 03-Cletche Na Ghanha, 04-Bidun Na Montche, 05-Mário Ntuntu na Diana, 06-José Bastista Sambé, 07- Antonio Mário Cabi, 08- Tchami Ialá, 09-Fidel Quitole Mbitna, 10-Augusto Sana Nhanque, 11-joão Lan-Eghondé, 12-Raimundo Dos Santos, 13-Marcelino Simões Lopes Cabral, 14-Orlando Man, 15-Bunha Na Mané, 16-Pam Braia e 17- Augusto Abna Mané.
Adiado o julgamento, os 17 militares pedem as autoridades judiciais do país e o Estado guineense para accionarem mecanismos legais com vista a efectuar o julgamento por forma a não comprometer as suas carreiras profissionais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário