Crise política: LÍDER DO PRID CONSIDERA A GUINÉ-BISSAU UM PAÍS DE ENORME DÉFICE DE DIÁLOGO


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O líder do Partido Republicano da Independência e Desenvolvimento (PRID), António Afonso Té considera a “Guiné-Bissau um país com enorme défice do diálogo”. O político falava a ”O Democrata” na passada segunda-feira, 15 de Fevereiro, a fim de apresentar a opinião do seu partido sobre a possível saída da actual crise política que assola o país.
Afonso Té defendeu durante a entrevista que a saída da crise que assola o país está no diálogo franco entre as partes e de uma forma séria, porque conforme ele, é bom ter em conta que na democracia sempre existem choques, ou seja, que cada pessoa tem a sua interpretação ou a sua visão sobre determinadas matérias, o que muitas vezes acaba por criar choques entre as partes, se não conseguirem entender-se.
Acrescentou ainda que a actual crise agudizou-se mais, devido a falta do diálogo institucional, pelo que elegeu o diálogo como a melhor forma de resolver o impasse, bem como apelou as partes a abdicarem-se da imposição da força e pensarem no povo que já sofreu muito com esta crise.
Na opinião do líder dos republicanos, o papel do Chefe de Estado face a situação actual da crise política passa pela criação das condições que permitam um diálogo sério entre as partes.
Apontou no entanto, duas opções para a resolução do impasse que se regista, tendo destacado que a primeira é a entrega à justiça e a segunda, é a opção por um diálogo de negociação, que passa pela cedência das partes a fim de se poder alcançar um acordo.
Relativamente a possibilidade de resolução da crise a nível interno, Afonso Té mostrou-se confiante durante a entrevista, e disse ser possível alcançar uma solução interna através de uma negociação séria entre as partes. Essa negociação passa pela exposição clara dos reais problemas.
Solicitado a pronunciar-se sobre o papel da justiça face a crise política, explicou que a crise afectou o país profundamente e até ao sector da justiça. Sublinhou neste particular que, neste momento, os tribunais estão divididos e no seu entender isso mostra claramente que o país está perante um conflito judicial.
“Podemos encontrar várias saídas para esta situação, aliás ainda se aguarda pelo resultado final da providência cautelar requerida. O que ainda veio ao público são resultados das ocorrências”, notou o político.
Para o líder dos republicanos guineense, nesta altura não é importante dizer quem é o responsável ou quem será. Interessa-nos trabalhar para que seja encontrada uma solução a nível interno e assim pôr fim a crise que está a bloquear o país.
“É importante saber que nesta guerra não haverá vencedores e nem vencidos, portanto o maior perdedor com a situação da crise é o país e o povo”, advertiu o político.

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