UNIÃO AFRICANA APREENSIVA COM CRISE POLÍTICA NA GUINÉ-BISSAU


UA_Ovidio Pequeno


A União Africana está apreensiva quanto ao evoluir da crise política que opôs duas alas do mesmo partido [PAIGC] em acesas disputas internas que já foram transferidas para o parlamento.
Em entrevista à Rádio Jovem, esta quarta-feira,13 de janeiro 2016, em Bissau, Ovídio Pequeno, representante residente da União Africana (UA) na Guiné-Bissau, diz que é urgente que o país saia desta situação de instabilidade política.
“Neste momento não interessa passar culpas uns aos outos, mas o mais importante é encontrar formas de resolver a situação. O país não pode andar uma semana sim, uma semana não. Um mês sim, um mês não. Na Guiné-Bissau quando há crise sempre há rumores por todo lado, o que mais complica a situação”, disse sublinhando ser necessário que haja diálogo tanto ao nível dos partidos políticos internamente como entre os partidos políticos.
O diplomata ao serviço da UA lembra ter pedido ao Chefe de Estado, José Mário Vaz, que no quadro das suas prerrogativas constitucionais, fizesse tudo quanto fosse possível para que o país saia da crise vigente.
“O que me custa entender é este facto: Porquê é que se recusa sempre, cada um se fecha e se crispa uma situação sem esgotar toda a possibilidade de diálogo”, questiona insistindo na necessidade de diálogo para encontrar qualquer solução para o fim da crise.
Ovídio Pequeno afirma, na mesma entrevista, que os fundos prometidos pela comunidade internacional na mesa redonda de Bruxelas com doadores não estão em risco.
“São engajamentos que os Estados e as organizações multilaterais assumiram e que vão com certeza cumprir, mas é precisa que internamente se criem condições para que haja a estabilidade”, alerta o diplomata são-tomense.

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