O Presidente do Partido da Unidade Nacional (PUN), Idriça Djaló, disse que o sistema politico da Guiné-Bissau é o epicentro dos problemas no país que necessita de profundas reformas.
Numa conferencia de imprensa realizada em Bissau no passado 30 de Dezembro, Ideriça Djaló disse que sistema politico numa democracia respeitável, ela é que ordena o sistema.
Mas se o sistema politico está podre, corrupto e criminoso, Idriça Djaló questiona, como se pode ter umas forças armadas republicanas? uma justiça isenta e eficaz? um desenvolvimento e a estabilidade das empresas?
Enquanto houver essa implicação continua entre sistema politico e setor privado, baseado na corrupção e na pilhagem dos fundos públicos, não se pode sonhar com estabilidade .
Por isso mesmo, segundo Djaló, o epicentro dos problemas do País, não é forças armadas, nem sistema judicial, nem setor privado, mas sim, o coração do sistema que é o sistema politico. O mesmo que representa o perigo da segurança dos guineenses de forma individual e coletiva.
É este sistema paradoxalmente cujo a missão é de organizar o país que se transformou num monstro e num cancro a minar completamente a Guiné-Bissau.
Para o líder do PUN, a génese do conflito político militar de 98 e que culminou com a guerra civil foi essencialmente política e o envolvimento militar e das forças estrangeiras não deixou transparecer a responsabilidade do sistema político.
“Foi com esta crise que se deu início a uma prática nefasta no país e os responsáveis políticos começaram a perceber que era possível derrubar com o apoio das Forças Armadas ou outras a Ordem Constitucional”, declarou o líder do PUN.
Quanto ao chefe de estado, Idriça Djaló teceu duras criticas ao José Mário Vaz, afirmando que ele não compreende o seu papel enquanto presidente da republica. Porque José Mário Vaz é uma confusão permanente desde que ganhou as eleiçõs, não consegue dissipar a sua pessoa enquanto cidadão particular e a instituição que ele dirige. Auto-intitulando-se de lavrador, acusador publico e mais... Tudo menos cumpridor do que está plasmado na constituição.
Djaló numera um terceiro elemento que para ele é de bastante preocupação, ou seja, o passado do PR como acusado na justiça no quadro de inquérito de um desvio de 12 milhões de Dollares oferecido por Angola.
Nessa base, politicamente conforme Djaló, em termos morais PAIGC nunca devia ajudar um cidadão desse passado para um cargo tão soberano. Porque ainda continua acumulando processos, pois em Abril entrou no tribunal mais um processo contra PR movido pelos empresários onde ele é o mentor principal.
PR com tantos atos praticados, neste momento, tornou-se refém do seu próprio passado e refém da sua cumplicidade dos seus atos de corrupções passados. Tudo isso se transformou em matérias de pesadelo que o fez de um ganancioso e um cidadão muito confuso do seu verdadeiro papel enquanto chefe de estado, arrematou.
O Líder do Partido da Unidade Nacional considerou a figura do Presidente da República como o "calcanhar de Aquiles" da Guiné-Bissau.
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