O PAIGC, partido no poder na Guiné-Bissau, está a estudar as sanções a aplicar a 15 deputados da sua bancada que impediram a aprovação do programa de Governo, disse o líder desta formação política, Domingos Simões Pereira.
A 23 de dezembro, um grupo de 15 deputados do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) absteve-se durante a votação do programa de Governo o que fez com que o documento não alcançasse votos suficientes para ser aprovado.
Aos 15 deputados da bancada do PAIGC somaram-se as 41 abstenções do Partido da Renovação Social (PRS), oposição, o que permitiu travar a aprovação do programa de Governo do primeiro-ministro Carlos Correia.
Na votação, apenas 45 dos 101 deputados votaram a favor, aquém da maioria necessária (52 votos).
Domingos Simões Pereira disse ter sido "surpreendido" com o posicionamento dos 15 deputados, que, afirmou, terão agora que se sujeitar à disciplina partidária, enfrentando sanções à luz dos estatutos.
O líder do partido afirmou que o assunto está sob a alçada do Conselho de Jurisdição e que brevemente a decisão será anunciada.
Fonte da direcção do PAIGC disse à Lusa que alguns dos visados "por serem reincidentes no posicionamento contrário aos interesses do partido" podem ser expulsos.
Questionado sobre esta possibilidade, Domingos Simões Pereira não confirmou, nem desmentiu, dizendo ser preferível aguardar pela decisão a ser tomada pelos órgãos estatutários do partido.
Lusa/Conosaba/MO
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