O líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, disse na madrugada deste domingo, 17 de janeiro, que têm que “vencer” os seus “irmãos” que se fazem de seus adversários agora, em todas as batalhas.
Simões Pereira falava aos membros do Comité Central no final da reunião, na qual exortou aos presentes que têm que se preparar para vencer os dirigentes expulsos do partido em todas as frentes.
“Temos que vencer esses nossos irmãos que se fazem de nossos adversários agora, em todas as batalhas: No espaço político, jurídico e parlamentar, porque não se desarmarão”, exortou Domingos Simões Pereira.
Pereira considera que com 57 mandatos agora o “PAIGC terá as condições para aprovar o seu programa no parlamento e governar o país com tranquilidade”.
O líder dos libertadores assegurou que está aberto para um “diálogo franco, mas dentro das regras democráticas com os que não concordem com a nossa liderança”. Contudo, reconheceu que entre os militantes expulsos “existe gente com muita qualidade, mas que se deixou levar por outros caminhos”.
Relativamente a situação registada na região de Bafatá em que os militares armados teriam escoltados militantes expulsos do PAIGC por instrução do Estado-Maior General das Forças Armadas, Pereira aproveitou a ocasião para exortar as Forças Armadas a se afastarem do jogo político.
No entanto, apelou os militantes do partido a estarem presentes no parlamento na segunda-feira, que é o dia de apresentação do programa do governo.
De referir que no fim da reunião os membros do Comité Central adoptaram uma resolução na qual pediram a direcção superior do partido a adoptar medidas conducentes à viabilização do programa do governo no parlamento, e a governabilidade do país até final da presente legislatura. Apelaram igualmente ao reforço do diálogo permanente no seio do partido, com todos os actores políticos do país, de modo a facilitar a governação do PAIGC e viabilizar os projectos de desenvolvimento da Guiné-Bissau.
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