Bissau,21 Dez 15(ANG) - O Presidente do partido União Patriótica Guineense(UPG), afirmou que se a crise politica e instabilidade governativa prevalecer vão propor no próximo ano a adopção de um Pacto de Regime para salvar o país.
Em entrevista à ANG, Fernando Vaz disse que a sua formação política irá elaborar um documento no sentido de propor à todos os actores políticos e a sociedade civil a criação de um Pacto de Regime para se impor os interesses nacionais em cima de tudo e fazer arrancar o país para o desenvolvimento.
Perguntado sobre o que consistirá o referido Pacto de Regime, o líder da UPG explicou que, primeiro é preciso que todos aceitem unir sinergias para que qualquer governo eleito cumpra o mandato até ao fim e em segundo lugar fazer os guineenses cumprirem as leis da República através de uma justiça eficaz.
O Presidente da UPG disse ainda que o Pacto de Regime vai trabalhar no sentido de reconciliação dos guineenses, acrescentando a título de exemplo que muitos dos actores do golpe de Estado de 2012 continuam sob sansões e para o efeito vão propor a comunidade internacional o seu levantamento.
"Pretendemos com o Pacto de Regime sarar todas as feridas do passado porque somos todos guineenses e irmãos e por isso devemos deixar dessas guerras fratricidas para juntarmos as mãos para construir a Guiné-Bissau", disse.
Instado a dizer sobre que balanço faz dos dois meses do Governo de Carlos Correia, o líder da UPG disse que é uma "banalidade total", acrescentando que um executivo sem programa não pode fazer nada.
"Um Governo só consegue de facto governar com a aprovação pela ANP do seu programa e não pode fazer nada, nem sequer nomear os directores gerais e limita apenas a fazer gestão", referiu.
Declarou que o governo de Carlos Correia está a funcionar na base de ilegalidade e a gastar o dinheiro público sem apresentação de um plano para o efeito.
"Portanto é uma ilegalidade total e o actual executivo tem que ser responsabilizado por tudo aquilo que fez até agora", afirmou.
O líder da UPG considerou que o foco da actual crise é o PAIGC,” devido as ambições pessoais dos seus dirigentes que nunca puseram os interesses do país no primeiro plano”.
"O povo tem que estar a pagar as facturas por causa das guerrinhas no seio do PAIGC. Foi assim durante os 42 anos da independência e a tendência é para prevalecer assim enquanto o povo continuar a apostar nesse partido", criticou.
Fernando Vaz frisou que para que o país tenha a paz, estabilidade e desenvolvimento é preciso mudar o rumo das coisas e encontrar alternativas para o poder.
ANG/ÂC/SG\\conosaba
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