GOVERNO GUINEENSE MANDA TRAVAR MARCHA DO SINDICATO DOS PROFESSORES
Bissau - O Governo guineense impediu o Sindicato Democrático dos Professores (SINDEPROF) à realizar a sua marcha “pacífica” como forma de pressionar o executivo a cumprir com as suas reivindicações.
A 29 de Outubro um forte dispositivo das Forças de Segurança estava na Chapa de Bissau respondendo assim o apelo, através de um comunicado, que o executivo fez para que tomassem as disposições legais de forma a salvaguardar o clima de paz e tranquilidade que "o país vem registando, precavendo de eventuais desacatos", não permitindo deste modo que os professores já presentes realizassem a marcha agendada.
“Se não houver a solução de problema, próxima semana” ameaçou o presidente do SINDEPROF, Lauriano Pereira da Costa, “vamos sair às ruas. Agora, se quiserem podem mandar as forças de ordem e segurança para nos torturar e nos matar, mas sem solução de problema na próxima semana inevitavelmente vamos sair às ruas e de lá não vai haver nenhum impedimento por parte do governo”.
Pereira da Costa acusou ainda o executivo de não poder pagar o salário de 29000 CFA (cerca de 45 Euros) aos professores, e mil francos de diuturnidade, mas o Governo pode receber 3 milhões de subsídios de representação, perguntando “onde é que está a lógica”.
Desde 19 de Outubro que o SINDEPROF iniciou a greve de 30 dias úteis, paralisando parcialmente as aulas nas escolas públicas, uma vez que o Sindicato Nacional dos Professores (SINAPROF) não aderiu à greve que considera “inoportuna” neste momento.
Entre outras reivindicações o SINDEPROF exige do governo a aplicação de estatuto de carreira docente, pagamentos de retroactivos, diuturnidade, harmonização de letra, efectivação dos professores.
Tiago Seide
(c) PNN Portuguese News Network - Conosaba
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