UNIÃO EUROPEIA: PRESIDENTE DA GUINÉ-BISSAU ESTÁ A PÔR EM RISCO ESFORÇOS PARA ULTRAPASSAR CRISE POLÍTICA NO PAÍS
A Alta
Representante da União Europeia (UE) para a Política Externa e de
Segurança, Federica Mogherini, considerou que o Presidente da República
da Guiné-Bissau está a colocar em risco os esforços para ultrapassar a
crise política no país.
Bissau, 08 out (Lusa) - A Alta Representante da União Europeia (UE) para a Política Externa e de Segurança, Federica Mogherini,
considerou ontem que o Presidente da República da Guiné-Bissau está a
colocar em risco os esforços para ultrapassar a crise política no país.
"A rejeição de um novo
Governo pelo Presidente da Guiné-Bissau está a reavivar a tensão
política no país e a pôr em risco os esforços para ultrapassar a crise
política", anunciou Mogherini num comunicado conjunto com
o comissário europeu para a Cooperação Internacional e o
Desenvolvimento, Neven Mimica.
Na declaração, os dois dirigentes europeus consideram "urgente" que a Guiné-Bissau tenha "um governo estável, que lhe permita prosseguir o processo de reforma e reconstrução".
"Isso também é crucial
para a implementação do apoio internacional anunciado na Mesa Redonda de
Doadores realizada em Bruxelas no início deste ano", acrescentam.
A UE declara apoio aos esforços em curso da Comunidade Económica dos
Estados da África Ocidental (CEDEAO) "para ajudar o país a alcançar uma
solução duradoura para os atuais desafios políticos e institucionais".
"Todos os atores políticos
e instituições na Guiné-Bissau precisam de assumir as suas
responsabilidades para conduzir o país de volta ao caminho da
estabilidade e reforçar o Estado de Direito", acrescentam.
De acordo com o comunicado, a UE "continuará
a acompanhar de perto a situação na Guiné-Bissau, juntamente com outros
parceiros internacionais, incluindo a ONU, a União Africana, a CEDEAO e
a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa".
O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, pediu na terça-feira ao
primeiro-ministro (PM) que reformule a proposta de Governo entregue na
sexta, por integrar o ex-PM, Domingos Simões Pereira, e vários membros
do anterior Governo - que Vaz demitiu por considerá-los, entre outras
razões, suspeitos de ilegalidades.
O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC),
partido maioritário do Parlamento guineense, lamentou a atitude do chefe
de Estado, ao qual pediu "provas das acusações" de ilegalidade.
Lusa/Conosaba/MO
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