PRODUÇÃO DE TUBÉRCULOS E LEGUMINOSAS CRESCE NA GUINÉ-BISSAU


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A produção de tubérculos e leguminosas está em crescimento na Guiné-Bissau, de acordo com o relatório preliminar da campanha agrícola 2015-2016 a que a Lusa teve acesso. A subida deve-se, em parte, ao facto de a população “procurar culturas alternativas ao caju”, explicou Rui Fonseca, encarregado da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO, sigla inglesa) em Bissau.
A produção de mandioca e batata-doce “registou crescimentos de 59,9% e 61,6% respetivamente em relação ao ano passado”, escreve-se no documento no que respeita aos tubérculos.
A aposta nestes produtos é ainda mais evidente quando comparada a produção deste ano com a média dos últimos cinco anos: os valores revelam incrementos de 95% e 117%, respetivamente, acrescenta o relatório.
Seja como for, as quantidades são ainda muito baixas, pelo que bastam pequenos incrementos anuais para dar origem a grandes variações percentuais como as registadas, justificou Rui Fonseca à Lusa.
Na área das culturas leguminosas, “o amendoim e o feijão-frade tiveram aumentos de 39% e 28,7%, respectivamente”, em comparação com 2014 e de 89% e 41% em comparação com a média dos últimos cinco anos.
As quantidades podem ser baixas, mas há uma tendência, sublinhou o encarregado da FAO.
“As pessoas estão a apostar bastante nestas culturas por causa do caju”, cuja amêndoa é a principal fonte de receita das famílias guineenses, mas “tem grande flutuação de preços”, referiu Rui Fonseca.
A população “tomou consciência de que é preciso diversificar culturas para não ficar dependente” de um só produto.
Rui Fonseca aponta o exemplo da batata-doce, “vendida com muita frequência para o Senegal”.
O relatório preliminar da campanha agrícola é elaborado todos os anos pela FAO em conjunto com o Programa Alimentar Mundial (PAM), o governo guineense e o Comité Permanente Inter-estados de Luta Contra a Seca no Sahel (CILSS).
Esta última edição, dedicada à campanha 2015/16, foi feita com base em 74 inquéritos a explorações agrícolas de todo o país e visitas ao terreno entre 28 de setembro e 02 de outubro.

In lusa

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