PR DE VOLTA PARA BISSAU SATISFEITO COM A CIMEIRA DA CEDEAO


Na cimeira extraordinária dos Chefes de Estado da CEDEAO foi criado um grupo de trabalho para mediar a crise política da Guiné-Bissau. A equipa será encabeçada por Macky Sall, Alpha Condé e Olusegun Obasanjo.
O Presidente da República regressou na tarde de ontem, 13 de Setembro para Bissau, bem satisfeito após ter participado na Conferência extraordinária dos Chefes do Estado da CEDEAO em Dakar.
O PR foi recebido no aeroporto Internacional de Bissau pelo Presidente da ANP Cipriano Cassamá e com sons de instrumentos tradicionais e multidão de gente em solidariedade para com o Presidente.

Os chefes de Estado da CEDEAO apelaram as partes em conflito na Guiné-Bissau para que respeitem os princípios do Estado de direito, que dizem ser “condição primordial para uma paz duradoura”.
O apelo da CEDEAO consta do comunicado final da cimeira dos líderes da comunidade.
A Cimeira aconteceu numa altura em que a Guiné-Bissau está sem Governo há mais de um mês na sequência da decisão do Presidente José Mário Vaz, de demitir no dia 12 de agosto, o Governo do Domingos Simões Pereira.
Na sequência disto, o Presidente Vaz, nomeou Baciro Djá como primeiro-ministro da Guiné-Bissau, uma decisão reprovada pelo Supremo Tribunal de Justiça.
Para a CEDEAO as partes devem respeitar os princípios de um Estado de direito por forma a conduzir o país à estabilidade com vista a promoção do desenvolvimento sustentável.
A cimeira dos chefes de Estado decidiu igualmente prolongar a permanência da ECOMIB (contingente militar da África Ocidental de manutenção da paz na Guiné-Bissau) até junho de 2016.

Os chefes de Estado presentes na cimeira de Dakar também recomendaram que a Constituição guineense seja revista de forma a evitar conflitos com outras leis vigentes e interpretações diferentes dos poderes dos órgãos de soberania.
O fenómeno da migração forçado, mudanças climáticas, eleições gerais no Mali, Terrorismo em Nigéria constituíram também outras recomendações dos Chefes dos Estados da CEDEAO.
Na qualidade de presidente do grupo de contacto da organização sub-regional para a Guiné-Bissau, o líder da Nigéria, Mohammadu Buhari, foi indicado “usar todas as medidas” para que a paz volte a reinar no solo pátrio da Guiné-Bissau.
Foi indigitado o antigo presidente da Nigéria, Olesegun Obansanjo e um elemento do Governo do Senegal bem outro da Guiné-Conacri, para serem mediadores da crise política na Guiné-Bissau.
A equipa a ser liderada por Olesegun Obansanjo deve chegar à Bissau entre terça e quarta-feira para entabular contactos com os diversos atores
Uma cimeira que também  estava presente DSP, onde teve oportunidade de se avistar com o presidente senegales, classificando isso de "um encontro de cortesia, simplesmente cumprimentar o sr. PR Macky Sall, agradecer toda a atenção que ele tem consagrado à situação da Guiné-Bissau. Todo os esforço que os países da CEDEAO têm feito no acompanhamento da actual situação e na procura de uma situação política para o contexto que ainda vivemos na Guiné-Bissau. Não posso entrar em muitos mais detalhes". disse Domingos Simões Pereira.

Domingos Simões Pereira disse ainda estar satisfeito com as conclusões da cimeira de chefe de Estado da CEDEAO dizendo que "Pude constatar que os países se mantêm mobilizados na situação da Guiné-Bissau, porque há um reconhecimento da ordem constitucional e do direito democrático, e por isso tudo o que se está a fazer na componente política é para criar um ambiente apaziguado, de paz e estabilidade para que de facto as instituições possam funcionar".

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