O presidente de Portugal, Aníbal Cavaco Silva, defendeu esta segunda-feira na Assembleia-Geral que o português deve ser adoptado como língua oficial nas Nações Unidas.
“É um veículo de comunicação global e economicamente relevante, na qual se exprimem cerca de 250 milhões de pessoas da Ásia à Europa, da África à América na sua vida quotidiana. É também língua oficial e de trabalho em diversas organizações internacionais, nomeadamente em algumas das agências especializadas das Nações Unidas. A legítima ambição da Cplp é ver a língua portuguesa como língua oficial das Nações Unidas.”
Ao falar aos líderes globais que participam na 70ª sessão da Assembleia, Cavaco Silva citou uma vez mais a dimensão do português ao mencionar a celebração, em 2015, dos 40 anos das independências de países africanos onde a língua é oficial.
“Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Angola. Portugal e o povo português associam-se a esta importante efeméride histórica. A situação na Guiné-Bissau merece uma referência particular.”
Guiné-Bissau
Quanto ao cenário guineense, Cavaco Silva destacou que os políticos do país devem “reconhecer o valor essencial da estabilidade e do trabalho conjunto para realização das reformas necessárias.”
As áreas citadas durante o pronunciamento incluem o sector da segurança, o combate a impunidade e os projectos de desenvolvimento socioeconómico. O líder apelou à confiança no futuro dos guineenses.
“A maturidade democrática que o povo da Guiné-Bissau vem demonstrando é a razão suficiente para que a comunidade internacional continue unida e coordenada para apoiar aquele país.”
Cavaco Silva disse que com tal cenário, a comunidade internacional seria capaz de cumprir os compromissos de cooperação realizados na Conferência de Bruxelas em março.
Crise Humanitária
Sobre a reforma doa sistema das Nações Unidas, Cavaco Silva falou da necessidade de uma revisão das duas categorias dos membros do Conselho de Segurança, bem como dos métodos de trabalho do órgão.
O líder português citou os conflitos na Síria, no Iraque e na Líbia como “exemplos trágicos” da situação humanitária, que exigem acção para que o Conselho possa actuar de “forma solidária e responsável”.
Sobre o fluxo de migrantes, o presidente de Portugal disse que o seu país tem demonstrado solidariedade como quando se colocou disponível para receber milhares de pessoas sem protecção internacional.
(fonte: onu)
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