Bissau, 28 Set.
15 (ANG) - O Director-geral da Pecuária revelou hoje que a raiva
provocada pela mordiduara de cäes resultou na morte de cinco pessoas em
Cacheu (sector de Canchungo).
Bernardo Cassamá que falava na cerimónia alusiva ao dia mundial contra a
raiva que hoje se assinala, afirmou que na Guiné-Bissau, a doença é
uma realidade que desde 2005 já provocou 8 mortes.
“A raiva é uma doença que não tem cura, sendo a vacinação a única via para evitar a doença”, aconselhou.
Aquele responsável disse que a população guineense ainda desconhece o perigo de domesticação de animais não vacinados.
Bernardo Cassamá revelou que a duração de uma vacina para animais caninos é de um ano.
Disse que graças ao apoio do governo, com a ajuda do Reino de Marrocos,
conseguiu-se colocar à disposição dos serviços veterinários 18 mil
doses de vacinas para animais que permitiram dar inicio em Agosto a
campanha de vacinaçao em todo o território nacional.
“Só neste ano (durante os dois últimos meses) foram vacinados cerca de 5 mil (cães, gatos e macacos).
Cassama destacou que devido a campanha de vacinação gratuita promovida
este ano no país, foi possível vacinar um número superior aos 1200
animais, anualmente vacinados na Guiné-Bissau.
Explicou que é frequente ver cães abandonados nas ruas e quando morderem
alguém, as vezes essa pessoa recorre ao hospital e toma apenas uma dose
de vacina antitetânica e nunca mais volta ao controlo médico.
“A manifestação do sintoma da raiva numa pessoa leva 90 à 100 dias. Quer
dizer que a pessoa se esquece de que tinha sido mordido por um cão e
acaba por perder a vida, e especula-se de que morreu por um outro
motivo”, referiu.
Cassama considerou que a culpa não é da população mas sim das
autoridades competentes que não sensibilizam as pessoas para que possam
conhecer as doenças que os atingem e as formas como devem evità-las.
Segundo Bernnardo Casssamá, as sintomas da raiva nos animais se apresentam através do medo da água pelo animal.
O DG da Pecuária revelou que actualmente verifica-se a utilização
indevida de medicamentos veterinários adquiridos nas feiras populares,
denominadas “Lumos”, sem se preocupar com a validade dos referidos
fármacos.
“Quando se dá um medicamento à um animal, deve-se respeitar os conselhos
médicos. Normalmente o médico indica o tempo que o medicamento dura até
dissolver no corpo do animal, antes de ser consumido”, exorta.
ANG/FGS/SG
Nenhum comentário:
Postar um comentário