O Presidente da República, José Mário Vaz recebeu ontem, em audiência conjunta, o novo Primeiro-ministro, representantes da classe castrense, da sociedade civil, do sector bancário e o representante do Secretário-Geral da ONU assim como do Corpo Diplomático acreditado no país para analisar o futuro do país.
A saída do encontro, o representante do Secretário-Geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau disse que o Presidente da República manifestou-lhes a sua confiança sobre o futuro do país assim como a necessidade de se implementar uma tónica no trabalho, para ultrapassar as dificuldades financeiras e económicas que o pais enfrenta.
“O Presidente da República disse que está a contar com a Comunidade Internacional para ajudar a Guiné-Bissau no seu percurso para o desenvolvimento estável”, revelou Miguel Trovoada.
Trovoada reiterou a disponibilidade da Comunidade Internacional em apoiar a Guiné-Bissau através das suas autoridades legítimas.
Quanto à apresentação do relatório sobre a situação do país no conselho de segurança da ONU agendada para este mês, disse que o acto terá lugar ainda este mês mas na ausência do estadista guineense que não poderá tomar parte, como previsto, no encontro com o Secretário-geral das Nações Unidas devido a atual situação política do país.
O RSG/ONU reconheceu que o país está a atravessar um momento difícil e que não é altura para a Comunidade Internacional baixar os braços nem deixar o povo guineense de lado.
Trovoada referiu que a Comunidadade Internacional deve estar a acompanhar e a sensibilizar as partes em conflito sobre a necessidade de encontrar um clima de paz e estabilidade através do diálogo com vista a conduzir o povo à via do desenvolvimento almejado.
Por sua vez, o diretor nacional do Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO) disse que o encontro serviu para a partilha das preocupações sobre o desenvolvimento do país com o Presidente da República em vários setores especialmente no campo produtivo que constitui o fator de criação de riquezas.
“Significa que haverá mais emprego, melhor distribuição e melhor condição de vida para as populações”, assegurou El Haj Mamadu Fadia.
Garantiu que o Banco Central vai disponibilizar aos bancos comerciais financiamentos na ordem de e 1.200.000.000 (um bilião e duzentos milhões) de francos CFA semanalmente, para sustentar as necessidades de financiamento do setor económico.
Mamadu Fadia disse que o setor bancário do país está de boa saúde porque tem liquidez do banco Central onde participaram com cerca de 50 por cento no financiamento de títulos da dívida pública retida pelo governo.
O economista referiu que o nível de financiamento da economia por parte do setor privado ronda os 68 mil milhões de francos cfa.
Fonte: ANG
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