CEDEAO PEDE DIÁLOGO PARA RESOLVER CRISE POLÍTICA NA GUINÉ-BISSAU

XNB24 DAKAR (SENEGAL), 26/3/2012.- Foto de archivo del 29 de febrero de 2012 donde aparece el candidato de la oposición y anterior primer ministro Macky Sall, hablando en una conferencia de prensa en Dakar, Senegal. Los senegaleses celebraron la victoria de Macky Sall en la segunda vuelta de las elecciones a la presidencia ayer, 25 de marzo. Según la cadena de televisión estatal el presidente Abdoulaye Wade admitió la derrota y telefoneó a su rival Macky Sall para felicitarle por la victoria. En los alrededores de la sede del partido de Sall, miles de personas se congregaron para celebrarlo bailando por las calles, lanzando fuegos artificiales y cantando. EFE/NIC BOTHMA.

O Presidente do Senegal e da Autoridade dos Chefes de Estados da Comunidade Económica do Estados da África Ocidental (CEDEAO), Macky Sall, pediu ontem uma solução através do diálogo para a crise política na Guiné-Bissau.
“O Presidente (Sall) está confiante e acredita que é possível encontrar uma solução pacífica e sustentada para a crise, através de um diálogo concertado envolvendo todos os atores políticos da Guiné-Bissau, em estreita colaboração com os parceiros regionais e internacionais”, refere uma nota publicada no portal da CEDEAO.
No comunicado, o líder senegalês mostra-se “preocupado” com o facto de os desentendimentos entre o Presidente Vaz e o primeiro-ministro Simões Pereira terem levado o chefe de Estado a demitir o Governo.
Sall lamenta que os esforços da CEDEAO e da restante comunidade internacional no sentido de resolver a crise não tenham tido resultado.
De acordo com o comunicado, o Presidente Sall considera que a crise “pode afetar os compromissos dos doadores da Guiné-Bissau” que numa mesa redonda realizada em março, em Bruxelas, anunciaram mil milhões de euros de intenções de apoio.
“A prioridade deve ser o bem-estar dos guineenses, impulsionado pela reconciliação nacional, democracia, boa governação e desenvolvimento”, acrescenta.
Apesar de “aplaudir a atmosfera pacífica observada até agora no país”, Macky Sall “apela aos líderes políticos para continuarem a explorar formas pacíficas para resolver o atual impasse e insta as forças de defesa e de segurança a manterem o compromisso de ficarem fora da política”.
O Presidente da República demitiu na quarta-feira o Governo liderado por Domingos Simões Pereira, num decreto em que se justifica com quebra mútua de confiança, dificuldades de relacionamento e sinais de obstrução à Justiça por parte do Executivo.
Num discurso à nação, Vaz acusou ainda o primeiro-ministro e o Governo de corrupção, nepotismo e de falta de transparência na gestão pública.
Domingos Simões Pereira anunciou na quinta-feira estar “chocado” pela maneira como o Presidente “faltou à verdade” e refutou as acusações.
O executivo estava em funções há um ano, depois de o PAIGC vencer as eleições com maioria absoluta e de ter recebido duas moções de confiança aprovadas por unanimidade no Parlamento – para além de ter o apoio da comunidade internacional.
Apesar de todas as forças políticas e várias entidades, dentro e fora do país, terem feito apelos públicos dirigidos ao Presidente no sentido do diálogo e estabilidade, José Mário Vaz decidiu derrubar o Governo e pediu ao PAIGC que indique um novo nome para primeiro-ministro.

Fonte LUSA

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