A ex-Ministra da Defesa Nacional disse que o actual “comportamento de neutralidade” de militares face a crise política no país, no respeito à Constituição da República, “deve servir de exemplo aos políticos guineenses” .
Cadi Seidi que falava ontem, em Bissau, no acto de abertura da conferência sobre a relação Civil-Militar, afirma que o futuro da Guiné-Bissau depende dos seus filhos. Por isso, alerta que os desafios com que se depara o país, só serão vencidos com o diálogo “franco” e a união “pela causa nacional”, onde se deve trabalha sem “sentimentos negativos, como ódio e vigança que possam travar o país”.
Sobre a relação civil-militar, a antiga governante disse que a mesma tem melhorado “consideravelmente”, fruto de várias conferências realizadas, depois do conflito político-militar de 1998, sobre a temática.
Parafraseando várias vezes Amílcar Cabral, no que tange ao papel das forças da defesa, Cadi Seidi lembrou aos militares do seu papel constitucional de “servir o povo. E agradece ao governo dos Estados Unidos de América pelos apoios dados à Guiné-Bissau e em particular, ao sector de Defesa e Segurança.
Por sua vez, Gregory Garland, o Encarregado para os Assuntos Políticos da Embaixada dos Estados Unidos de América para a Guiné-Bissau, com sede em Dakar, Senegal, manifestou a abertura do seu país em continuar a apoiar as autoridades de Bissau e considerou de essencial para a democracia, a submissão dos militares ao poder civil.
Com a assistência de um perito norte americano e durante cinco dias, os conferencistas irão abordar temas como, Papéis e Missões das Forças Armadas e Melhores Práticas nas relações Civil-militar.
Durante a sua intervenção, o Presidente do Instituto da Defesa Nacional, Terêncio Mendes também assegurou que nos últimos anos a relação civil-militar conheceu progressos notáveis.
Contudo, chamou a atenção para se fazer mais com vista a “submissão incondicional e indiscutível das forças da defesa e segurança ao poder legalmente instituído,” de acordo com a Constituição da República.
O Instituto de Defesa Nacional (IDN) é uma estrutura sob tutela do Ministério da Defesa guineense, cuja missão é de servir de elo de ligação entre o governo, as Forças de Defesa e Segurança e a Sociedade Civil, no debate das questões de vida nacional.
Nesta conferência participam sessenta personalidades de diferentes instituições civis, paramilitares e militares e, é financiada pelos Estados Unidos de América, através do seu Centro de Relações Civil-Militar de Monterey no Estado de Califórnia.
(in: ANG)
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