«GUINETEL E GUINÉ-TELECOM» TRABALHADORES RESPONSABILIZAM GOVERNO PELA INOPERACIONALIDADE DAS DUAS EMPRESAS PÚBLICAS


 


Bissau,15 Jul 15 (ANG) - O Presidente do Sindicato de base das empresas pública Guinetel (rede Móvel) e Guiné-Telecom (rede fixa) acusou hoje o governo de estar a agir com má-fé em relação ao processo de restruturação e relançamento das duas empresas.

David Mingo que falava numa conferência de imprensa disse que durante os 12 meses de mandato, o executivo não se manifestou sobre o futuro dessas empresas, cujos trabalhadores enfrentam sofrimentos enormes.

Mingo referiu que o Primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira nomeou em Setembro de 2014 uma comissão de gestão e restruturação para finalizar o processo iniciado em 2009, mas que tudo continua na mesma.

O presidente do sindicato de base da GTM/GT disse que têm 18 meses de salários em atraso, e que apesar destas dificuldades os funcionários nunca baixaram os braços, tendo conseguido produzir documentos para o relançamento das duas empresas.

David Mingo afirmou que as duas empresas estão equipadas de materiais de última geração, desde 2011.

“Estamos com problemas e precisamos de ajuda, mas o secretário de Estado ao invés de se preocupar com a restruturação da GTM/GT deu prioridade à empresa GUIPORT tendo já agendado uma reunião do Conselho de Ministros para a sua alienação. Isto mostra claramente as intensões de que querem ver a degradação das duas empresas para depois justificar que não tem condições para funcionar, ” disse David Mingo.

Referindo-se ao despedimento de 100 trabalhadores dessas empresas, David Mingo disse que o governo alegou dificuldades económicas para justificar esses despedimentos.

As duas empresas contam agora com menos de 90 funcionários e David Mingo revelou que pretendem organizar uma marcha de protesto, se até a próxima segunda-feira, dia 20, o governo não atender as suas preocupações. 

As duas empresas públicas de telecomunicações estatais chegaram de liderar o mercado.
Com o aparecimento de duas outras empresas da área não aguentaram a concorrência e a situação económica sobretudo das duas empresas piorou gradualmente até ao fecho completo.

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