Jorge Spencer Lima
O presidente da Câmara do Comércio Indústria e Serviços de Sotavento (CCISS) cabo-verdiana culpou ontem o Governo do país pela ausência de empresários na visita oficial que o primeiro-ministro inicia quarta-feira à Guiné-Bissau.
Jorge Spencer Lima, citado pela Rádio de Cabo Verde, disse que o convite para a classe empresarial acompanhar José Maria Neves chegou "tarde de mais" e os empresários já não encontraram lugares vagos na companhia aérea TACV.
"Infelizmente, desde o momento em que fomos comunicados oficialmente da missão, contactamos a TACV para as reservas e fomos informados da indisponibilidade de lugares, uma vez que o gabinete do chefe do Governo bloqueou 35 lugares para os membros da comitiva e o avião-ATR só dispõe de 62 lugares", lê-se numa nota da CCISS enviada aos seus associados.
Segundo Jorge Spencer Lima, os políticos cabo-verdianos fazem "discursos inflamados", mas na hora de atuarem esquecem-se dos empresários que agora se rebelaram por falta de um tratamento digno e já não querem também efetuar a viagem à Guiné-Bissau.
Para Spencer Lima, a ausência da classe empresarial a acompanhar o primeiro-ministro vai custar muito aos empresários, que tinham oportunidades de explorar o mercado da Guiné-Bissau, mas também ao país.
O primeiro-ministro cabo-verdiano inicia quarta-feira uma visita oficial de quatro dias à Guiné-Bissau, inicialmente prevista para o mês passado, mas adiada a pedido das autoridades guineenses.
RYPE // EL
Lusa/Fim
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