O atual ano letivo vai ser o primeiro após vários anos de instabilidade
em que o programa curricular foi cumprido e houve tranquilidade nas
escolas, considerou o presidente do Sindicato Nacional dos
Professores da Guiné-Bissau (Sinaprof). no passado dia 23 de junho.
"A nível da
transmissão da matéria, do cumprimento do programa, este vai ser um ano
diferente de todos os outros, pela positiva", referiu Luís Nancassa, em
conferência de imprensa, em Bissau.
O dirigente fez um
"balanço positivo" do ano letivo, que diz ter decorrido com
"tranquilidade" ao nível das relações laborais entre professores e
Estado.
"A cada momento que
batemos à porta, o Governo está aberto para conversarmos. Se é assim,
não vale a pena entrar pela via da crispação", sublinhou.
Luís Nancassa referiu que, "com diálogo", foi resolvida "a maioria dos problemas que afetam a classe docente" da Guiné-Bissau.
O Sinaprof
demarcou-se da mais recente greve convocada por outro sindicato de
professores, o Sindeprof, realizada no início do mês para contestar os
prazos de pagamento de salários em atraso.
"No dia 1
de Dezembro de 2014 assumimos o compromisso de dar como prenda [aos
alunos] a tranquilidade do sistema, neste ano letivo. É isso que
tentamos fazer", concluiu Luís Nancassa.
As escolas
estiveram mais tempo fechadas que a funcionar durante o período que
sucedeu ao golpe de Estado de abril de 2012, devido a greves dos
professores que deixaram de receber salários.
O Governo eleito em
2014 encetou um programa de pagamento dos vencimentos atrasados e tem
mantido em dia os pagamentos mensais, fatores que contribuíram para a
pacificação do setor.
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