EM DECLARAÇÕES À UMA RÁDIO DE BISSAU, DA SILVA, IVANILDO, SAMI, ZEZINHO E AMIDO BALDÉ MANIFESTARAM-SE INDIGNADOS "COM A DESORGANIZAÇÃO" QUE ESTÃO A ENFRENTAR DESDE QUE SAÍRAM DE LISBOA, NA QUINTA-FEIRA, ENCONTRANDO-SE AGORA NA ETIÓPIA.
"Estou triste com tudo isso. Se perdermos, vão dizer que não prestamos para nada, quando na realidade perdemos por falta de organização. Como é que é possível uma seleção na véspera do jogo não treinar", questiona Da Silva.
A Guiné-Bissau defronta a Zâmbia no sábado, em jogo do Grupo E da qualificação para a fase final da Taça das Nações Africanas de 2017, a disputar no Gabão.
A seleção guineense, treinada pelo português Paulo Torres, concentrou-se em Portugal, de onde seguiu viagem em direção à Zâmbia. Os jogadores questionam o itinerário escolhido e dizem que seria mais fácil viajar de Lisboa para Lusaca (capital da Zâmbia), fazendo escala em Luanda. "Gostava de saber quem escolheu esta rota. Isto é um crime o que estão a fazer connosco", atirou Zezinho.
Os jogadores guineenses tiveram que pagar do seu próprio bolso a estadia num hotel em Roma, onde fizeram escala.
Depois de 14 horas de espera na capital italiana, seguiram na última madrugada para a Etiópia onde se encontravam até às 10:00 de hoje.
"Quem escolheu este itinerário não percebe nada de futebol. Nem uma caravana de turistas merece este tratamento", defendeu Ivanildo, jogador da Académica de Coimbra. Ainda hoje a comitiva guineense, composta por 20 jogadores, seis dirigentes e corpo técnico, segue de autocarro da Etiópia para a Zâmbia."Mais de 25 horas de viagem é desgastante. Viajar de avião e depois de autocarro para ir jogar é complicado", disse o avançado Sami. O diretor-geral do Desporto guineense, Carlos Costa, disse que o Governo disponibilizou os meios necessários e que coube à Federação de futebol a escolha do itinerário da viagem, pelo que "as responsabilidades terão que ser apuradas".
Agência LUSA
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