O dirigente guineense regressou quarta-feira à tarde a Bissau oriundo da
Mauritânia, onde efetuou uma visita oficial de três dias, depois de ter
participado em Roma numa conferência internacional da FAO.
O Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola das Nações
Unidas (FIDA) anunciou na quarta-feira que vai emprestar 4,7 milhões de
dólares à Guiné-Bissau e doar igual montante para financiar um projeto
de desenvolvimento para o sul do país.
Em declarações aos jornalistas no aeroporto de Bissau, Domingos
Simões Pereira revelou ter abordado com os responsáveis da FAO vários
aspetos de cooperação, tendo assinado acordos nos domínios da produção
de cereais e animais.
Os acordos terão efeito ainda na campanha agrícola deste ano,
recentemente aberta pelo Governo, assinalou o primeiro-ministro
guineense.
Na Mauritânia, Domingos Simões Pereira disse ter assinado acordos de
cooperação também no domínio da agricultura e pescas, assim como no que
respeita à abolição recíproca de vistos para os cidadãos dos dois
países.
O primeiro-ministro anunciou ainda que o governo da Mauritânia vai abrir uma vaga de legalização de cidadãos guineenses.
Domingos Simões Pereira destacou que aquele país irá ajudar a
Guiné-Bissau na investigação científica na área das pescas, nomeadamente
para quantificação das reservas e nível de captura anual de espécies
nos mares do país.
Bissau quer inspirar-se na experiência da Mauritânia para desenvolver o sector pesqueiro, assinalou Domingos Simões Pereira.
"A Mauritânia tem um protocolo de acordo com a União Europeia que é
considerado dos mais evoluídos e quisemos nos inspirar também desse
exemplo para no futuro podermos favorecer o surgimento de frotas
pesqueiras" na Guiné-Bissau, disse Simões Pereira.
O primeiro-ministro guineense admitiu aos jornalistas ter ficado surpreendido com os avanços que viu na Mauritânia.
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