EMPRESAS PORTUGUESES QUEREM GARANTIAS EUROPEIAS AO INVESTIMENTO NA CPLP


 


Um relatório sobre a Lusofonia Económica defende a criação de um mecanismo de emissão de garantias ao investimento das empresas portuguesas na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e garantias estatais de cada país aos seguros de crédito.

O Relatório Final Integrado dos Grupos de Trabalho sobre Lusofonia Económica, elaborado pela Confederação Empresarial de Portugal (CIP) e pela Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Económico e a Cooperação (ELO), propõe que seja criado, "a nível europeu, um mecanismo de emissão de garantias ao investimento realizado por empresas europeias no espaço CPLP, e o desenvolvimento de acordos bilaterais para a criação de linhas de seguro de crédito com garantia do Estado de cada país-membro do espaço CPLP".

O documento sugere que ainda que estas medidas sejam acompanhadas de outras na área financeira, de segurança social, fisco e capacitação e formação.

"Os países da lusofonia portuguesa devem ser analisados como plataformas de integração regional e desenvolvimento económico", diz o relatório de 104 páginas, que acrescenta que estes países são importantes não só pelo seu próprio mercado, mas também porque proporcionam "o acesso das organizações portuguesas, não só aos países do espaço CPLP, mas também aos restantes Estados-membros que compõem cada um dos mercados regionais".

No total, os espaços regionais económicos em que os países da lusofonia estão integrados, em África, América Latina e Ásia valem cerca de 7,4 biliões de dólares (6,5 biliões de euros), sem contar com a União Europeia, território em que as empresas portuguesas já estão inseridas.

O relatório hoje apresentado ao primeiro-ministro sublinha a necessidade de manter a experiência de colaboração positiva entre as empresas e o Conselho Estratégico de Internacionalização da Economia e, de uma forma geral, defende um acompanhamento mais incisivo sobre as medidas de articulação e potenciação dos negócios lusófonos.

Entre as medidas defendidas estão ainda "reiterar a relevância económica da língua portuguesa com alcance alargado às regiões de integração dos membros da CPLP e, por essa razão, permitindo a Portugal posicionar-se como "hub" entre a UE e o Sul".

MBA // VM

Lusa/Fim

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