A agência antidroga dos Estados Unidos voltou esta semana à Guiné-Bissau para reforçar a luta contra o crime organizado, dois anos após a última visita, disse hoje o embaixador norte-americano acreditado em Bissau, James Peter Zumwalt.
"Esta semana foi um grande marco para nós" tendo em conta o objetivo de "retomar a cooperação com a Guiné-Bissau para fortalecer as forças policiais e o sistema judicial", referiu o diplomata em conferência de imprensa na capital guineense.
Zumwalt sublinhou que o representante da Drug Enforcement Agency (DEA) manteve "bons encontros" com representantes do Ministério da Justiça e das polícias.
Em discussão estiveram as formas de "lidar com sérios problemas de tráfico" de estupefacientes.
Questionado pelo jornalistas, o embaixador para o Senegal e Guiné-Bissau nada adiantou sobre a situação judicial do ex-chefe de Estado-Maior da Armada da Guiné-Bissau, Bubo Na Tchuto, detido nos EUA.
A sentença de Bubo Na Tchuto, que confessou os crimes de tráfico de droga, chegou a ser apontada para dia 02 de março por uma fonte do Tribunal Distrital de Nova Iorque ouvida pela Lusa, em janeiro.
No entanto, até hoje, não foram revelados mais pormenores sobre o processo.
Em abril de 2103, Na Tchuto, Tchamy Yala, Papis Djeme e outros dois guineenses - Manuel Mamadi Mane e Saliu Sisse - foram detidos em águas internacionais, ao largo de Cabo Verde, por uma equipa da DEA.
Segundo a acusação, Na Tchuto cobrava um milhão de dólares norte-americanos por cada tonelada de cocaína da América do Sul que transitava pela Guiné-Bissau.
Em setembro do último ano, Djeme foi condenado a seis anos e meio de prisão, enquanto Yala foi condenado em dezembro a cinco anos de prisão.
LFO (AYS)
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