Bissau, 09 Jun 15 (ANG) – As disponibilidades hoteleiras de Bissau foram ocupadas em cerca de 100 por cento pelos marroquinos que acompanharam a visita do Rei Mohamed VI, disseram hoje à ANG responsáveis de hotéis da capital.
De acordo o Director-geral do Hotel Malaica, Mário Fernandes, em termos globais, esta visita do monarca marroquino teve um impacto positivo “em todas as áreas” particularmente, no sector hoteleiro guineense que, segundo ele, até teve a necessidade de requisitar mais pessoal, dado ao volume do trabalho durante os dias de visita.
Este responsável hoteleiro pede à todos os guineenses, em particular, aos políticos para se empenharem na preservação da paz que se vive actualmente na Guiné-Bissau, “porque todos têm a ganham com a paz.
“A vinda do rei é um exemplo concreto da importância da paz e estabilidade no país. Para além dos hotéis, as vendedeiras, as mercearias, até os engraxadores ganharam com essa visita”, rematou.
Fernandes sublinhou que apesar das vicissitudes que o país conheceu, mas com as suas condições naturais favoráveis, aliadas a “hospitalidade e a diversidade cultural do seu povo”, o sector turístico continua importante para economia e pode contribuir ainda mais para a diminuição da dependência externa e do desemprego.
“Acredito que a Guiné-Bissau, tendo as melhores condições naturais, pode viver do turismo, como as repúblicas de Gâmbia, Cabo-Verde ou Tunísia”, disse.
Por seu lado, o Director-geral do “Azalai Hotel 24 de Setembro” revelou que durante a estada do Mohamed VI no país, até os trabalhadores foram retirados dos seus quartos, para dar lugar aos hóspedes marroquinos.
Salifou Traoré defendeu que o sector turístico e hoteleiro pode ser estratégico para o desenvolvimento da Guiné-Bissau.
Para Traoré, a visita do monarca confirmou a estabilidade do país pelo que, em consequência, o Reino de Marrocos, conforme seu desejo, pode ajudar o país neste domínio.
Traoré realçou o empenho das actuais autoridades na boa governação e exortou à todos os guineenses no sentido de continuarem a lutar pela preservação da paz do país, como condição básica para o seu desenvolvimento.
Uma fonte do “Líbia Hotel” em Bissau,disse que apesar do mesmo estar ainda em reparação, muitos dos seus quartos receberam parte dos membros da delegação marroquina, composta por cerca de 500 personalidades.
Entretanto, sabe a ANG que o “Líbia Hotel” deverá abrir as suas portas, para funcionamento pleno, no próximo mês de Julho.
A ANG sabe que o Hotel Ancar igualmente recebeu hospedes deste reino de Magreb.
Fontes ligadas ao sector turístico guineense disseram que actualmente funcionam na Guiné-Bissau apenas três hotéis, e que apesar da existência de vários aparthotéis na capital, Bissau oferece menos de 500 quartos.
Durante a estada da sua Majestade em Bissau, a Guiné-Bissau e o Reino de Marrocos assinaram 16 acordos de cooperação nomeadamente, nos sectores de saúde, energia e turismo.
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