Tomás Barbosa: “TACIANA É UM PATRIMÓNIO DE DESPORTO NACIONAL”


taziane

O Secretário de Estado de Juventude, Cultura e Desportos, Tomás Gomes Barbosa considerou a Judoca Tricampeã africana Taciana Resende Lima Baldé de um património desportivo Nacional. Tomás Barbosa falava a’O Democrata esta terça-feira, 5 de Maio, durante o encontro que manteve no seu gabinete com a judoca guineense que chegou ao país na madrugada desta terça-feira, proveniente de Croácia.
O governante disse na ocasião que a imagem de Taciana e dos seus troféus serão fixados em algumas infra-estruturas desportivas Nacionais para servir de mensagem de inspiração e de esperança para a juventude.
O governante serviu-se ainda da ocasião para agradecer o Comité Olímpico e a Federação de Judo pela aposta que fizeram na atleta que permitiu hoje a Guiné-Bissau sonhar mais alto.
Gomes Barbosa reiterou a disponibilidade do governo em dar o total apoio à judoca para que no futuro o Hino Nacional possa ser entoado em todas as competições da modalidade.
A tricampeã africana Taciana Resende Lima Baldé disse que a conquista de três medalhas de ouro consecutivamente no campeonato africano de judo foi maravilhoso, sobretudo porque todas as dificuldades e o suor valeram a pena.
A atleta revelou que cada conquista tem um sabor especial, apesar de todas elas serem maravilhosas. “É gratificante saber que todo esforço e sacrifício não foram em vão”, congratulou-se.
Baldé mostrou-se satisfeita pela forma como foi recebida no seu país e disse estar surpresa pela recepção calorosa que teve dos guineense e das autoridades do país.
“Nunca imaginei ter uma recepção calorosa desse género e nem pensei que seria tratada um dia como uma celebridade”, notou o número um do ranking africano de Judo, lamentando de seguida a sua curta estadia no país.
Quanto ao futuro, Taciana Baldé disse que os guineenses podem esperar muita dedicação e força de vontade da sua parte, sem contudo garantir a conquista das medalhas. Disse estar bem preparada para os próximos jogos Africanos em Setembro do ano em curso e nos jogos Olímpicos de 2016 para colocar o país no pódium.
Baldé disse que nunca se sentiu arrependida de ter tomado a decisão de competir para Guiné-Bissau apesar de várias dificuldades que essa decisão se impunha. Porém, a atleta informou que a decisão ajudou-a a provar as suas qualidades e deu-lhe a oportunidade de fazer que o país seja visto de forma diferente na arena africana.
A judoca guineense disse que o governo deve criar condições para que haja mais atletas para permitir que o país tenha mais a probabilidade de vencer medalhas.
Por seu turno, o presidente da Federação de Judô, Luís António Correia Landim disse que as conquistas da Taciana representam um marco importante na história do nosso país nessa modalidade e permitiram a participação do país nos próximos jogos olímpicos a ter lugar no Brasil.
Landim disse que a sua instituição fará tudo para que a atleta se sinta acarinhada em casa e para isso pediu a colaboração de todos os cidadãos para esse propósito.
De referir que Taciana Baldé arrecadou nove títulos em 2014, dos quais um ouro no Campeonato africano de Judo realizado nas Ilhas Maurícias. A vitória do dia 25 de Abril reconfirma a atleta guineense como primeira classificada no ranking africano e sexta colocada no ranking mundial da Federação Internacional de Judo e recentemente terceira no ranking dos jogos olímpicos.

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