Duas médicas portuguesas do Hospital de São João do Porto começaram na segunda-feira a dar consultas gratuitas para despiste de diabetes e hipertensão no Hospital Pediátrico de Bór, nos arredores de Bissau, literalmente invadido por pacientes.
Inês Ferreira e Raquel Miriam Ferreira chegaram à Guiné-Bissau como voluntárias numa missão que pretendem levar a cabo durante 15 dias, mas que as próprias já consideram insuficiente devido à procura.
As duas médicas de clínica geral portuguesas queriam atender diariamente 40 pacientes, mas devido às solicitações acabam por observar mais do que esse número, contou à agência Lusa Raquel Ferreira, no meio de uma consulta.
"A diabetes tem crescido muito e daí a necessidade de dar informação e de rastrear a população",sublinhou.
Ter diabetes acarreta "muitos riscos, essencialmente a nível cardiovascular", mas também complicações oculares, nos pés ou rins, indicou Inês Ferreira.
Muitos doentes, de ambos os sexos, chegam ao hospital de Bór nas primeiras horas do dia na esperança de serem atendidos pelas médicas portuguesas, cuja presença tem sido noticiada nos órgãos de comunicação social locais.
"Tem havido muita procura. As pessoas chegam ao hospital muito cedo, porque ouviram falar na radio, na televisão e vêm à nossa procura. As pessoas têm grande abertura e querem saber qual o seu estado em relação a estas duas doenças", acrescentou Raquel Ferreira.
Numa primeira análise, as duas médicas portuguesas admitem que a diabetes e a hipertensão têm crescido na Guiné-Bissau devido ao "estilo de vida e aos hábitos alimentares" da população.
Como conselhos, recomendam o abandono do modo de hábitos sedentários, "comer menos e mais vezes ao dia, preferir legumes, comer arroz e batata separadamente e em poucas quantidades, reduzir o sal nos alimentos e sobretudo praticar exercício físico, pelo menos, três vezes por semana".
MB // APN
Lusa/Fim
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