Bissau, 13 Mai 15 (ANG) – O Responsável para os Assuntos Externos da Autoridade Reguladora Nacional (ARN) disse, ontem, que os serviços de telecomunicação da Guiné-Bissau estão lentos porque o país ainda não tem infraestruturas de banda larga (fibras ópticas) que permitem entrada e saída mais eficientes das comunicações com o mundo.
Em entrevista exclusiva à ANG, António Tomé Vaz, afirmou que a Guiné-Bissau é o único país da Costa Ocidental da África que ainda não se encontra ligado ao cabo submarino.
Aquele responsável explicou que a ARN já disponibilizou fundos para a realização de estudos de viabilidade e que foram entregues ao governo que neste momento está a diligenciar no sentido de conseguir verbas para a instalação de cabos submarinos ao nível de todo o país.
“As fibras ópticas usadas pelas empresas, neste caso, Orange e MTN, são troços pequenos comparados ao sistema de via cabos submarinos que no caso da Guiné-Bissau deve ser instalada na praia de Suru e a implementação do referido projecto acarreta muitos custos”, salientou.
No entanto, revelou que a sua instituição está, a finalizar em Bissau,em colaboraçâo com os técnicos de diferentes empresas de telecomunicações no país nomeadamente GUINETEL, MTN e Orange, um trabalho de produção de um relatório sobre os deveres das operadoras telefónicas que será publicado ainda este ano.
António Tomé Vaz disse que a acção de fiscalização técnica conjunta já foi efectuada em todas as regiões e eixos de vias rodoviárias do país.
“O referido relatório irá reunir um conjunto de dados técnicos e estatísticos sobre as áreas de cobertura das operadoras e será apresentado às operadoras de telefone para que possam melhorar os seus serviços”, explicou.
Tomé Vaz recomenda aos consumidores a reclamarem sempre junto das companhias e se estas não melhorarem os seus serviços que façam a mesma reclamação junto à ARN para que esta possa convocar a operadora em causa.
Entretanto, sublinhou que a Autoridade reguladora investiu, nos últimos anos, na aquisição de equipamentos de ponta no sentido de fazer a fiscalização dos serviços prestados aos consumidores .
Numa recente declaração à Radiodifusão Nacional, o ministro da Economia e Finanças,Geraldo Martins disse ter solicitado ao Banco Mundial o financiamento dessa operação de ligação da Guiné-Bissau ao cabo submarino para tornar mais eficiente e rápida a Internet na Guiné-Bissau.
O ministro fazia o balanço de uma visita de trabalho efectuado a Washington.
ANG/FGS/SG
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