A Liga Guineense dos Direitos Humanos quer ver o antigo Presidente timorense e prémio Nobel da Paz, José Ramos-Horta, envolvido na resolução da situação de cinco cidadãos da Guiné-Bissau alegadamente retidos na Guiné Equatorial há mais de um ano.
Em nota dirigida ao antigo representante do secretário-geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau, a Liga pede a Ramos-Horta que interceda, na sua qualidade de ponto focal da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) para a Guiné Equatorial, a favor dos cinco guineenses junto das autoridades de Malabo para que possam regressar a casa.
A Liga realçou o facto de os cinco guineenses terem sido apanhados no meio de uma disputa entre os sócios da empresa pesqueira que os contratou, mas que os abandonou à sua sorte no navio em que operavam.
No total eram sete guineenses envolvidos nesta situação, mas dois deles acabaram por regressar ao país, por meios próprios, e agora apelam às autoridades de Bissau no sentido de ajudarem os restantes a regressar a casa.
"Os referidos trabalhadores estão a enfrentar dificuldades de várias ordens, nomeadamente a fome, exploração económica, sendo certo que, nesta luta pela sobrevivência, estão expostos à mendicidade num território desconhecido", refere a nota da Liga Guineense dos Direitos Humanos a que a Lusa teve hoje acesso.
Na semana passada, fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Comunidades disse à Lusa que o assunto dos cinco guineenses retidos na Guiné Equatorial "estava a ser tratado".
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