Técnicos da Universidade de Aveiro estão
a estudar a possibilidade de ajudar o Governo da Guiné-Bissau no restauro de
"todos os edifícios coloniais com valor arquitetónico", na ilha de
Bolama.
Técnicos da Universidade de Aveiro estão
a estudar a possibilidade de ajudar o Governo da Guiné-Bissau no restauro de
edifícios coloniais na ilha de Bolama, uma das antigas capitais da então
província portuguesa, disse à Lusa fonte oficial.
Abu Camará, secretário de Estado do
Ordenamento do Território guineense, adiantou à Lusa existirem conversações com
a universidade portuguesa no sentido de “todos os edifícios coloniais, com
valor arquitetónico” em Bolama serem restaurados.
Situada no arquipélago dos Bijagós,
Bolama foi capital da Guiné até 1941, altura em que esse estatuto passou para
Bissau, mas a cidade permanece conhecida pelos edifícios de traços marcadamente
coloniais, votados ao abandono e em grave estado de degradação.
O Governo guineense pretende também
aproveitar a experiência da Universidade de Aveiro para abrir em Bolama um
curso de formação de jovens em matéria de restauração de edifícios.
“O trabalho requer uma especialização
que nós não temos, por isso vamos trabalhar com a Universidade”, observou Abu
Camará, uma ideia já defendida pelo primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira.
O executivo guineense pretende intervir nos
38 setores do país, mas para já escolheu quatro cidades para projetos-piloto no
âmbito de um plano de intervenção urbana “de grande vulto”, adiantou o
secretário de Estado do Ordenamento de Território.
Um gabinete português de consultoria em
arquitetura, a BO Associados, foi contratado pelo executivo guineense para
apresentar um estudo de reabilitação urbana destas cidades e um plano geral
para os demais setores.
Bolama, Cacheu (norte), Bafatá (leste) e
Bissau, foram escolhidas pelo Governo como cidades piloto para levar a cabo uma
série de obras de beneficiação de edifícios, ruas, esgotos e rede elétrica.
Em Bolama, Cacheu e Bafatá serão
reabilitadas, pelo menos, cinco quilómetros de ruas com pavimento, observou Abu
Camará.
Cada uma das três cidades será preparada
para albergar novos polos de desenvolvimento.
Bolama será um polo universitário para
formação de professores e turismo, Bafatá um polo agrícola e Cacheu albergará
um polo universitário ligado ao turismo.
//Lusa
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