Resultado
de imagem para José Mário Vaz e Domingos Simões Pereira. Quando se fala da
Guiné Bissau, não raro é falar- se de instabilidade, de golpes de estado e de
pobreza. Desde o golpe de 12 de Abril de 2012 que acresceram a estas
referências, uma ainda mais negativa, que é da ligação do país ao tráfico de
droga.
Mas
os boatos valem o que valem e o que é importante nas relações internacionais
que trazem a credibilidade do Estado, é que se perceba que as autoridades estão
a trabalhar no sentido de construir uma sociedade mais justa, desenvolvida,
social e economicamente. A eleição do Presidente da República já leva quase 8
meses e o governo dirigido por Domingos Simões Pereira também Presidente do
P.A.I.G.C., tendo dado mostras de grande actividade diplomática e de construção
de imagem do próprio pouco tem feito na dinamização da economia e na
regulamentação de actividades que são cruciais a construção de um país justo.
O
sentir da população nomeadamente dos mais jovens e letrados, vê- se e lê- se
nos blogs e outras redes sociais e não mostra, ao contrário do que parece ser a
preocupação do Presidente da República, uma satisfação com o papel do governo.
O
regime semipresidencialista gera sempre dúvidas sobre competências aos vários
níveis e entre o Presidente, Presidente da Assembleia Nacional Popular e
primeiro- ministro as situações e relações não são claras.
O
PAIGC não está satisfeito com a constituição e um governo de coligação quando o
partido teve a maioria absoluta nas eleições, embora esta decisão de Domingos
Simões Pereira lhe tenha granjeado prestígio internacional, a dotação
orçamental do parlamento não agradou ao presidente do mesmo as questões de
relações externas, segurança interna e externa, ordem pública e defesa não têm
sido coordenadas com a Presidência da República e aquilo que seria ótimo, uma
saudável separação mas uma institucional interdependência entre órgãos de
soberania não tem existido.
Das
leituras dos blogs nota- se facilmente que o primeiro-ministro, ou alguém em
seu nome, tenta passar a ideia de que o Presidente é uma " força de bloqueio
", constando, nos fóruns internacionais, que o chefe de governo se "
queixa " no estrangeiro desse bloqueio.
Fontes
próximas do partido dizem que algumas deselegâncias- para não dizer mais- têm
sido tidas para com a Presidência da República, nomeadamente o encerramento da
fronteira Sul entre a Guiné Bissau e a República de Guiné Conacri sem
conhecimento de José Mário Vaz ou o anúncio público de chamada a Guiné Bissau
de uma força militar da CPLP sem que o PR tivesse sido informado previamente.
Acrescentaram
ainda, declarações públicas do PM em desabono da acção do PR e, mesmo
deselegâncias verbais de alguns membros do governo para com o PR como
demonstrações de recusa de cooperação interinstitucional.
E
se na política, as coisas não vão bem, na economia a situação não é melhor. O
contrato com a portuguesa EUROATLANTIC foi feito sem concurso público, o
contrato das areias pesadas do Varela esta a contaminar solos e águas, as
privatizações das empresas Guiné Telecom e ABGB entre outras, são apontadas
como tendo sido feitas a revelia do conhecimento do PR, mesmo sedo estratégicas
no país. De tudo isso se fala nas diferentes redes sociais.
Por,
Manuel Fernandes
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