Cabo Verde vai assistir tecnicamente a administração pública guineense e garantir apoio financeiro à Guiné-Bissau, em total cujo montante ainda não está definido, disse hoje o primeiro-ministro cabo-verdiano.
Falando aos jornalistas no final de uma conferência sobre a emigração e género em Cabo Verde, José Maria Neves lembrou que o anúncio do apoio foi feito hoje em Bruxelas pelo ministro das Relações Exteriores cabo-verdiano, Jorge Tolentino, na conferência de doadores promovida pelo Governo guineense.
"Cabo Verde vai alocar um envelope financeiro à Guiné-Bissau
e estamos a discutir um montante. Acho que é um dever de Cabo Verde
contribuir para a reconstrução da Guiné-Bissau, tendo em conta o nível
de relações existentes entre os dois países", afirmou o chefe do executivo cabo-verdiano.
Segundo José Maria Neves, além do apoio financeiro, Cabo Verde vai também
contribuir para a reforma da administração pública guineense,
nomeadamente na esfera da governação eletrónica, formação profissional,
segurança social.
"Vamos contribuir também para a formação de quadros no domínio das Forças Armadas e das forças de segurança e ordem públicas" da Guiné-Bissau, concluiu, salientando que Cabo Verde está "fortemente empenhado" na busca de apoios para o desenvolvimento guineense.
Hoje, em Bruxelas, a conferência internacional sobre a Guiné-Bissau permitiu
mobilizar mais de mil milhões de euros de apoios prometidos pela
comunidade internacional, com Portugal a comprometer-se com um programa
de cooperação de 40 milhões de euros.
Na conferência, coorganizada pelo governo da Guiné-Bissau, União
Europeia (UE) e Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
(PNUD), participaram delegações de 70 países e instituições.
noticiasaominuto
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