O Chefe do Governo agradeceu as importantes presenças de Suas
Excelências, os Senhores José Mário Vaz, Presidente da República da
Guiné-Bissau e Macky Sall, Presidente da República do Senegal, pelo
gesto “alinhamento, confiança e solidariedade...”; às “delegações pela
presença neste fórum de diálogo, partilha, interação e cooperação entre a
Guiné-Bissau e os seus parceiros de desenvolvimento”; à União Europeia
por ter aceitado o pedido do Governo, ter prestado a assistência tanto
na preparação, hospitalidade e excelentes condições criadas para a sua
realização; ao Sistema das Nações Unidas; ao Banco Mundial, pela
importante contribuição, na preparação desta conferência, como co-
organizadores, mas também à CDEAO, à CLPL, à União Africana e à Comissão
da Paz.
Na sua alocução o Primeiro-Ministro fez questão em frisar de que se
trata de uma “parceria a edificar em novas e eficientes bases que
permitam projectar o país para um amplo compromisso com a estabilização
política e governativa, de modo a garantir um desenvolvimento equitativo
e durável.” De que para se chegar a Mesa Redonda “foi um caminho árduo
mas necessário, mobilizador e altamente gratificante. Chegamos aqui com
consciência de um passado governativo que não nos orgulha e que não
favoreceu nem a estabilidade nem a promoção do desenvolvimento.”
Referindo-se a determinação das novas autoridades, saídas das eleições
gerais ocorridas em Julho de 2014, em dar um novo rumo ao país,
edificando e consolidando os fundamentos para a boa governação,
trabalhando para a reforma do sector da Defesa e Segurança, o combate às
actividades e práticas lesivas ao património público, segurança do
Estado e Bem Comum, e para a melhoria do desempenho económico,
confiante, diz que a Guiné-Bissau está num momento político novo, de
reformas profundas e estruturantes nas instituições do Estado e “...
pronta para uma parceria renovada, sólida e dinâmica, centrada num
diálogo político elevado e em instrumentos de diálogo técnico
consubstanciados no Plano Estratégico e Operacional 2025.”
Que o clima de civismo, em que foram realizadas as eleições gerais,
mostram “a determinação clara e inequívoca dos guineenses para a
restauração da ordem constitucional e do Estado de direito democrático,
bem como para alinhavar largos consensos políticos”. Que o diálogo
político interno permitiu envolver todas as formações políticas e outras
forças vivas da sociedade, inclusive o Governo, e mobilizar os
guineenses, no país e na diáspora para um entendimento político em torno
dos eixos estratégicos da governação para a reconstrução do país.
Consciente de que o “país vive, hoje, um novo ciclo político focado no
fortalecimento do Estado, normalização da vida pública, garantia da
estabilidade social, reconstrução económica e combate à pobreza”,
contudo institucionalmente frágil, pós-conflito e com escassos recursos
financeiros, acrescida das consequências políticas, que para fazer face
as carências de vulnerabilidades económicas e sociais,
aos enormes desafios de governação que se impõem, diz que “revelam-se
fundamentais ... a consolidação dos processos de estabilização política e
social, e o fortalecimento do Estado de direito democrático em curso”,
cujos efeitos da ajuda externa nos tecidos social, político e económico,
e na credibilidade e autoridade do Estado são fundamentais e decisivos
para a garantia da eficiência do desenvolvimento enquanto um mecanismo
de estabilização nacional e regional, sendo imperativo é a conjugação
dos esforços internos e internacionais para: a Reforma do Sector de
Defesa e Segurança; garantir a estabilidade social e política, que
“passará necessariamente pela alteração progressiva das situações de
precariedade que afetam o fornecimento de serviços sociais básicos
(educação, saúde, energia, água, saneamento e providência social) e por
uma nova dinâmica no combate à pobreza extrema”; o desenvolvimento
económico, em agricultura, o turismo e as pescas; o combate ao crime
organizado internacional conjugado com a “determinação em preservar e
utilizar de forma racional a biodiversidade e os nossos recursos
naturais, só terão resultados significativos através de a uma abordagem
coletiva e coerente.”
Ao finalizar salienta que “os guineenses em geral e o Governo em
particular encaram este mecanismo de diálogo, reunido em Conferência de
parceiros, com enorme expectativa tendo em vista a possibilidade de
mobilização de recursos externos para o financiamento dos processos de
estabilização e desenvolvimento do nosso país a médio prazo,” que essa
ajuda “visa criar as condições para alavancar o combate à pobreza,
melhorar a segurança humana através da educação e da saúde, criar as
infra-estruturas económicas e sociais indispensáveis e reforçar a
capacidade das instituições do Estado, de modo a poder mobilizar outros
fluxos internos e externos de financiamento do desenvolvimento.” É nesse
sentido que se solicita o “indispensável apoio de todos os parceiros
multilaterais e bilaterais para o sucesso desta conferência,” porque os
Guineenses e amigos da Guiné-Bissau acreditam “na vossa solidariedade e
disponibilidade em participar na construção de uma Guiné-Bissau nova e
positiva. Mas também e sobretudo porque o meu país e o seu povo, estamos
prontos e mobilizados a edificar uma parceria responsável, baseada em
compromissos sólidos, capazes de sustentar o tal caso de sucesso de que
seremos então os principais obreiros. Sim, porque Terra Ranka, i sol na
bim iardi.”
Foi um discurso amplamente aplaudido pelos conferencistas com efeitos
mobilizadores, que certamente muito irá contribuir para os resultados
esperados.
Bruxelas, 25 de Março de 2015
Fonte: Carlos Vaz
/Conselheiro do Primeiro-Ministro para a Comunicação e Informação/
Nenhum comentário:
Postar um comentário