Cursos suspensos: ULG E O MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO ASSINAM MEMORANDO DE ENTENDIMENTO


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A Universidade Lusófona da Guiné (ULG) comprometeu-se através de um memorando de entendimento assinado como o ministério da Educação no passado dia 19 de Março, contratar docentes qualificados para o reforço, nomeadamente, dos cursos da Enfermagem Superior, Engenharia Informática e Direito, por forma a adoptá-los às exigências da política do Governo em matéria do Ensino Superior. A posição da universidade de contratar docentes qualificadas, foi tornada pública através de um comunicado de imprensa do ministério da Educação que a redação do Jornal O Democrata teve acesso.
Segundo o comunicado de imprensa os responsáveis do ministério da Educação e os representantes do Grupo Lusófono/COFAC, reuniram-se na passada quinta-feira, para procurar a solução sobre o diferendo que opõem a universidade e o ministério desde meados de Janeiro último, no concernente a suspensão dos cursos de Engenharia Informática, Direito e a Enfermagem Superior, devido a “falta de condições” para o seu funcionamento.
No memorando de entendimento de seis pontos, a universidade além de comprometer-se a contratar os professores qualificados, também vai assegurar os mais elevados padrões de exigência e qualidade de ensino em todos os cursos ministrados, em harmonia com as orientações do Ministério da Educação Nacional, onde será criado desde já um Gabinete de Controlo de Qualidade e procedendo à Autoavaliação.
Aquele estabelecimento universitário vai executar o seu plano de infraestruturação e reforço, de imediato, do seu acervo bibliográfico, assim como dos equipamentos laboratoriais, nomeadamente nas áreas das Ciências da Saúde, Biologia, Química e Informática, de forma a serem supridas as lacunas existentes. A universidade vai proceder, de imediato, às alterações nas Direções das Unidades Orgânicas/Departamentos que as partes entendam serem necessárias, por forma a imprimir maior eficiência e eficácia ao regular funcionamento das referidas unidades.
O comunicado informa ainda que no âmbito do Ensino Superior, a universidade alargará a oferta ao nível de pós-graduações e mestrados com a Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias de Lisboa e outras Universidades parceiras. A universidade disponibiliza-se, de acordo com as solicitações do Governo da Guiné-Bissau, a proceder a estudos de Consultoria e Assessoria na áreas relevantes para o desenvolvimento da Guine-Bissau.
Após a assinatura do Memorando de Entendimento, a titular da pasta da Educação, Maria Odete Costa Semedo, afirmou que o acordo vem desatar o nó que não devia ter lugar, porque no seu entender, as exigências do ministério que tutela são em favor dos alunos.
O comunicado adianta que o representante do Grupo Lusófono/COFAC, Esmeraldo de Azevedo, reconheceu que houve um lapso de informação entre a ULG e o Grupo Lusófono, porque o “grupo nunca teve algum problema relacionado a qualidade de ensino em todo o espaço da CPLP”.
Entretanto, O Democrata apurou que este memorando de entendimento causou o afastamento do presidente do Conselho de Administração COFAC/Guiné-Bissau, o professor Tcherno Djalo
O Jornal O Democrata soube igualmente que houve uma reunião de emergência entre a delegação do grupo ULG, que veio de portugal, e todo o pessoal da universidade, sem a presença de Tcherno Djalo. Siuza Monte Negro, Administrador da ULG,  foi quem apresentou  o conteúdo do documento rubricado com o ministério da Educação Nacional.
Foi nessa reunião que o reitor da ULG, Rui Jandi, informou aos funcionários deste estabelecimento do pedido da demissão de professor Tcherno Djalo, sem no entanto especificar as razões do seu afastamento. Mas O Democrata apurou que o afastamento do Presidente do Conselho de Administração terá sido uma das condições exigidas pelo ministério da Educação para receber a delegação da ULG.


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