O Presidente da República, José Mário
Vaz afirmou esta quarta-feira, 24 de Fevereiro, que justiça sem advogados não é
justiça. O Chefe de Estado falava durante a cerimónia de empossamento do novo
Bastonário da Ordem dos Advogados da Guiné-Bissau, Basílio Mancuro Sanca.
A cerimónia de investidura do novo
Bastonário decorreu num dos hotéis da capital e juntou diferentes
personalidades do país, corpos diplomáticos, académicos bem como advogados.
José Mário Vaz disse no seu discurso que
enquanto Chefe de Estado e símbolo da unidade de toda a Nação guineense, ele
assume o papel do promotor e garante do bom relacionamento institucional entre
diferentes forças políticas, socioprofissionais, económicas e culturais do
país.
O Chefe de Estado assegurou ainda que a
sua presença no acto de empossamento, testemunha a sua total disponibilidade de
tudo fazer para que as relações com todos os actores do sistema de justiça,
sejam abertas e construtivas.
“A ordem dos advogados é chamada perante
a sociedade guineense a assumir as suas responsabilidades na tarefa de boa
administração da justiça; tolerância zero contra corrupção, tráfico de
influência, abuso de poder e nepotismo; na participação activa e apresentação
de propostas concretas sobre assuntos das reformas em curso e necessárias,
ousando assim compatibilizar as suas legítimas aspirações com o interesse da
sociedade” notou.
O novo Bastonário da Ordem dos Advogados,
Basílio Mancuro Sanca afirmou que a nova direcção está ciente das dificuldades
que irá encontrar no cumprimento da missão para qual foi eleita. Essas
dificuldades, prossegue o presidente da Ordem dos Advogados, “são resultado da
conjugação de diversos factores, nomeadamente a crise do Estado de direito, a
justiça profundamente atingida na sua dignidade e prestígio pela corrupção, a
falta de investimento público sério no sector e a ditadura dos poderes
públicos”.
Sanca alertou ainda a Assembleia Nacional Popular (ANP), o Governo e a Presidência da República que a justiça neste momento constitui a prioridade maior do Estado, condição essencial para a restituição da confiança dos cidadãos nas instituições da República.
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