O Fundo Monetário Internacional (FMI) considerou de positivo situação económica da Guiné-Bissau


O Fundo Monetário Internacional (FMI) considerou de positivo a actual situação económica da Guiné-Bissau, devido ao aumento das receitas fiscais na ordem de 60 por centro contra os 40 previstos inicialmente.

 A satisfação foi tornada pública pelo Chefe da Missão de avaliação económica do FMI, Félix Fischer, numa conferência de imprensa conjunta com o ministro da Economia e Finanças realizada hoje em Bissau.

Félix Fischer disse que as receitas fiscais eram necessárias porque servem para o pagamento de salários e reabilitação das infraestruturas, frisando esperar pela continuidade desse desempenho macroeconómico por parte das autoridades da Guiné-Bissau.

Disse que o ganho demonstra a vontade ou seja o empenho do governo na tomada de medidas para a normalização das suas operações e desenvolver o país.

O Chefe da Missão referiu-se à algumas medidas implementadas no ano passado nomeadamente o Orçamento Rectificativo de 2014 e depois o de 2015 aprovado por unanimidade pela Assembleia Nacional Popular.

De acordo com Félix Fischer, o FMI continua impressionado com os resultados obtidos pelo governo, “que fala uma só voz”.

Disse que espera a continuidade desse desempenho sobretudo na incrementação das receitas.

“O pagamento das divida internas ainda não está concluído, devido a falta de dados e que cabe ao Comité de Tesouraria atualizar os dados para permitir a sua liquidação”, referiu o chefe da missão.

Explicou que o Comité da Tesouraria tem um papel importante porque é um órgão que fiscaliza as despesas do governo em função das receitas.

Em relação ao Fundo de Promoção e Comercialização de Produtos Agrícola, aquele responsável disse que o FMI recomenda uma auditoria às contas deste fundo.

Por sua vez, o ministro da Economia e Finanças, Geraldo Martins disse que em Setembro do ano passado o governo e o FMI tinham abordado questões ligados as receitas, despesas e medidas estruturais.

Quanto as despesas, Geraldo Martins sublinhou que os procedimentos de todas as despesas, bens e serviços e de transferências são analisados pelo Comité de Tesouraria em função da disponibilidade e liquidez para as despesas que devem ser efetuadas.

Disse que o governo herdou uma situação muito difícil em termos de dividas externas em algumas instituições financeiras internacional nomeadamente o Banco Islâmico do Desenvolvimento (BID), o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), a Organização para Aproveitamento da Bacia do Rio Gâmbia (OMVG) entre outras e que durante estes sete meses de governação conseguiu-se pagar todas essas dívidas.

Quanto às dívidas internas, o governante informou apenas que previram pagar os novos ingressos do Ministério de Educação, em mais de um bilhão de francos CFA com início nos meados de Março próximo, assim como os funcionários das Embaixadas com mais de dois bilhões de francos cfa.


Martins anunciou algumas medidas entre os quais a bancarização dos salários que será concluída até Junho deste ano e a centralização das receitas.

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