O Secretário-geral da Assembleia do Povo
Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU – PDGB), Juliano Fernandes
disse este sábado, 21 de Fevereiro, que o país está a ser governado de “forma
ofusca”. O político falava numa conferência de imprensa que decorreu num dos
hotéis da capital, para anunciar publicamente a legalização daquela nova
formação política liderada pelo Eng.º Nuno Gomes Nabiam.
Juliano Fernandes explicou ainda que a
sua formação política foi criada na sequência da mobilização registada durante
a campanha eleitoral no ano passado. O dirigente do novo partido lembrou que o
projecto foi capaz de mobilizar e envolver “muitas pessoas” que o permitiu
alcançar um feito inédito, e captar adesão e voto de confiança de mais de
240.000 eleitores.
No encontro com jornalistas, Fernandes
assegurou que o surgimento de APU – PDGB na arena política nacional não visa,
de forma alguma, perseguir, perturbar, odiar ou afrontar ninguém e nem qualquer
partido.
“Sem prejuízo, serem doravante nossos
adversários políticos, na luta tenaz e democraticamente engendrada que teremos
de travar, a fim de conquistar o poder nas urnas, e desse modo, criarmos
condições para fazermos valer e vincar os valores da “GUINENDADE”, principal razão da nossa existência”, assinalou.
Afirmou por um lado que o
desenvolvimento não se empreende com discursos, retóricas e oratórias fáceis.
Explicou por outro lado que o desenvolvimento se faz com verdade e
transparência na gestão dos recursos públicos.
“Por isso surgimos como um partido que
almeja reunir, em assembleia, todos os guineenses, sob pano de fundo da unidade
na diferença. Somos um partido em que todos os guineenses, de todas as raças,
etnias, crenças religiosas, culturas, profissões, artes e ofícios, letrados ou
iletrados, mulheres e homens, terão um lugar ao sol, em que se revejam e em que
as suas opiniões e a sua contribuição, irão contar e servir para alguma coisa”,
notou o político.
Relativamente à realização em
perspectiva da mesa redonda em Bruxelas (Bélgica), o Secretário-geral da APU –
PDGB disse que a sua formação política deseja os maiores sucessos ao executivo
de Domingos Simões Pereira. Apelou ainda os parceiros de desenvolvimento da
Guiné-Bissau para apoiarem com recursos e assistência necessários a
implementação das reformas preconizadas pelo Governo.
“Concordamos com o chefe do Governo,
quando afirma que o sucesso da mesa redonda depende dos guineenses. Interpela a
consciência de todos os guineenses no sentido da união de esforços e sinergias,
a fim de criarmos o clima sociopolítico requerido para a convergência de
objectivos e estratégias que concorram para uma maior disponibilidade dos
parceiros em apoiar e financiar o plano estratégico e operacional de
desenvolvimento 2015/2025”, assinalou.
Contudo, sublinhou que o próprio
executivo bem como todas as autoridades do país, têm de olhar ao espelho e
concluírem, que não têm estado a agir de forma a criar o clima que concorra ao
preenchimento de condições necessárias ao sucesso da mesa redonda.
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