O deputado Sola Nquilin Na Bitchita, dirigente do principal partido da oposição na Guiné-Bissau, considerou hoje que ainda não há condições de segurança para o regresso ao país dos líderes derrubados no golpe de Estado de 2012 e pediu ao Governo para as criar.
O dirigente do Partido da Renovação Social (PRS) afirmou ser inaceitável que figuras que “cometeram crimes” durante o período de transição que se seguiu ao golpe militar estejam a “passear impunemente” no país, enquanto os dirigentes derrubados pelo movimento se encontram no estrangeiro “contra a sua vontade”.
Sola Nquilin falava durante a sessão ordinária dos trabalhos parlamentares na Assembleia Nacional Popular, em Bissau.
Antigo ministro em diversas ocasiões durante a governação do Partido da Renovação Social (PRS), Nquilin defendeu ser um “contrassenso” que figuras como o ex-presidente interino Raimundo Pereira, o primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior e o ex-ministro da Defesa e líder partidário Iancuba Indjai não possam regressar ao país depois da retoma da normalidade constitucional – com a realização de eleições e posse de novas autoridades, em 2014.
Outros antigos governantes que também foram afastados pelo golpe e que se encontravam no estrangeiro têm vindo a regressar ao país.
No entanto, Sola Nquilin instou as atuais autoridades guineenses a criarem as condições de segurança para que Raimundo Pereira, Carlos Gomes Júnior, Iancuba Indjai e o jornalista Aly Silva possam regressar à Guiné-Bissau.
Nquilin pede igualmente o retorno ao país do ex-primeiro-ministro e líder partidário, Francisco Fadul.
Para Sola Nquilin, se os dirigentes políticos que hoje “são forçados a viver fora do país cometerem algum crime” devem ser julgados na Guiné-Bissau, mas desde que as autoridades lhes deem condições para que possam regressar.
Por: Lusa
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