EDUCAÇÃO VERSUS ULG: TCHERNO DJALÓ ADMITE CONTINUIDADE DE CURSOS SUSPENSOS NA UNIVERSIDADE LUSÓFONA DA GUINÉ




O presidente do Conselho Orientador da Universidade Lusófona da Guiné (ULG), Professor Doutor Tcherno Djaló admitiu esta quarta-feira que os cursos suspensos pela Secretaria de Estado de Ensino Superior e Investigação Científica vão continuar a funcionar, alegando que a sua instituição não recebeu nenhuma notificação do que deve ser melhorado em relação aos cursos visados. Apenas, referiu o académico, a notificação recebida é antedatada.
Tcherno Djaló explicou na sua declaração à imprensa que o Grupo Lusófona da Guiné está para servir o Estado, salientando que as razões da existência da universidade é de formar a juventude e servir a sociedade guineense.
Assegurou que além de não ter constatado nenhum fundamento válido no despacho enviado pela Secretaria de Estado de Ensino Superior e Investigação Científica, afirmou que o ministério depois do trabalho da inspecção feita pelos seus técnicos na universidade nem sequer enviou uma cópia do relatório no sentido de informar o que deve ser corrigido.
O Reitor da Universidade Lusófona da Guiné, Rui Jandi disse por seu turno que a direcção da universidade lusófona não recebeu e nem sequer teve acesso aos documentos ou relatórios do processo da avaliação da instituição feita pelo Ministério da Educação. Avançou ainda na sua declaração que a “avaliação feita pela equipa da inspecção do ministério é uma avaliação injusta, parcial e não foi transparente”.
Jandi assegurou que a afirmação da Secretaria de Estado do Ensino Superior de que a universidade não reúne algumas condições para leccionar os cursos de Direito, Engenharia Informática e Enfermagem Superior é uma afirmação falsa e não corresponde a verdade.
“Esta universidade tem feito um grande investimento que visa dotar os alunos de melhores infra-estruturas e recursos possíveis. Os cursos que estão a ser suspensos agora contêm cinco doutorados, 28 mestrados e 6 licenciados que não estão a leccionar disciplinas de teor clínico”, explicou o reitor da universidade privada lusa.
Rui Jandi afirmou que o ministério da Educação através da Secretaria de Estado de Ensino Superior e Investigação Científica demonstrou uma fria insensibilidade ao alterar as regras do jogo a meio do ano, ou seja, a 15 dias do início dos exames finais do primeiro trimestre.
De referir que a Universidade Lusófona da Guiné alberga 5000 mil estudantes, 164 docentes, 11 doutorados, 66 mestrados, 87 licenciados, 40 funcionários, 17 salas de aulas. A universidade tem um auditório com capacidade de albergar 200 estudantes, mas funciona sem laboratório para os estudantes de curso da Enfermagem Superior, sem biblioteca e sem refeitório.


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