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Brasil: CPLP considera preponderante contribuição angolana para estabilidade da Guiné-Bissau
Brasília (Angop, 2 de Janeiro de 2015) – O apoio de Angola ao processo de estabilização, pacificação e desenvolvimento da Guiné Bissau é preponderante, declarou nesta sexta-feira, na capital brasileira, Brasília, o secretário executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Murade Isaac Miguigy Murargy falava à imprensa angolana, no final de um encontro que manteve com o ministro angolano das Relações Exteriores, Georges Rebelo Chikoti, que integrava a delegação encabeçada pelo Vice-presidente da República, Manuel Vicente, à cerimónia de posse de Dilma Roussef para o segundo mandato como Presidente do Brasil.
Afirmou ter recebido garantias do ministro de que Angola está preparada para colaborar com todos os Estados interessados em apoiar a estabilidade da Guiné Bissau.
Para o secretário executivo da CPLP, “não haverá nenhuma solução positiva para a Guiné sem o concurso de Angola”.
Declarou que Angola na qualidade de membro não permanente do Conselho de Segurança da ONU vai continuar a contribuir para que a paz no mundo prevaleça, e tem uma responsabilidade acrescida com a estabilidade e pacificação da Guiné Bissau.
“Todos estamos preocupados em apoiar a estabilidade na Guiné Bissau e garantir que a paz aí reinante seja uma realidade e não apenas uma situação de circunstância”, declarou.
Murade Isaac Miguigy Murargy afirmou que foi ainda discutida a preparação da cimeira de doadores para a Guiné em Março, provavelmente, em Bruxelas (Bélgica), mas que será antecedida de duas reuniões, sendo a primeira no Gana, a 5 de Fevereiro, e a segunda num país da CPLP.
Explicou que a conferência de doadores visa angariar fundos para a estabilização política e económica daquele país, que passa essencialmente pela reforma das forças armadas e de defesa guineenses.
Sem esta reforma, afirmou, vai ser difícil prever o que pode acontecer na Guiné Bissau. Acredita que as novas autoridades estão empenhadas no arranque do processo com apoios externos, por não terem recursos para o fazer sozinhos.
Disse ter informações de que existe uma predisposição no seio das chefias militares de aderir a reforma, desde que lhes seja garantida a devida assistência, a partir de um fundo de pensão, para não se sentirem abandonados e sem dignidade.
Apontou como uma das prioridades da organização a implementação da “visão estratégica”, que visa contribuir que a organização se aproxime mais dos cidadãos.
Considera importante que cada cidadão de países da CPLP sinta a existência da organização, com a qual se identifiquem e que trate dos seus assuntos.
O embaixador moçambicano Murade Isaac Miguigy Murargy foi eleito secretário executivo da CPLP na IX Conferência de Chefes de Governo da organização, que se realizou em Maputo, no dia 20 de Julho de 2012, sucedendo no cargo ao guineense Domingos Simões Pereira.
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