Na sua comunicação aos advogados em exercício e os advogados estagiários, Basílio Sanca notou que não se deve permitir as revelações do passado assentes na passividade perante a “profundíssima crise” que se vive na justiça com a evasão do mercado por pessoas estranhas.
“O novo advogado deve ser um indivíduo que não ama a profissão, pratica a advocacia, mas sim um individuo que tenha a capacidade de mobilizar e de relacionamento fácil e simples para potenciar os valores de diálogo a volta dos grandes problemas da advocacia”, defendeu.
O candidato que lidera a lista C na corrida à presidência da Ordem dos advogados acusa a candidatura liderada por Ruth Monteiro de “promiscuidade significativa com nomes de líderes partidários e dirigentes da Liga Guineense dos Direitos Humanos com o perigo de importação de mentalidade e “modelos incompatíveis” com a realidade sociológica, económica e cultural do país.
Deixou dúvida quanto à capacidade de Ruth Monteiro em ligar com situações por não conhecer a realidade guineense.
“A principal figura da lista só regressou ao país há cerca de sensivelmente três anos, depois de ter estado mais de vinte e cinco anos em emigração, faltando-lhe por isso tempo para se integrar plenamente no sistema e conhecer as realidades sociais, económicas e culturais, sobre as quais a advocacia guineense é praticada”, notou.
Para Basílio Sanca, a advocacia praticada por Ruth Monteiro é urbana e empresarial, portanto não pode adequar-se à realidade e aos desafios que se impõe neste momento à Ordem.
Na opinião de Basílio Sanca, o Estado continua a negar aos advogados a liberdade de profissão e permanece incapaz de proteger os advogados no exercício das suas funções.
Lamentando a falta de acesso aos documentos públicos, Sanca afirmou que os advogados continuam afastados da concretização de políticas, medidas e ações de justiça, sobretudo nos seus aspetos essenciais.
Deplorou ainda aquilo que qualifica de persistente insuficiência do Estado e desgraça dos advogados que, segundo ele, são perseguidos em pleno exercício da profissão e identificados com os seus clientes ou as causas dos seus clientes.
O líder da lista C lembra ainda que a escolha do novo Bastionário deve representar para os advogados a escolha de uma nova liderança da advocacia assente na realidade social, económica e cultural do país capaz de compreender e analisar corretamente os verdadeiros problemas da advocacia nacional, do acesso à justiça e ao direito e participar efectivamente na elaboração e na busca de soluções para a justiça guineense.
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