O presidente da TAP, Fernando Pinto, disse hoje que a companhia aérea nacional ainda não retomou os voos para Guiné-Bissau, suspensos há um ano, porque a procura é muito baixa, o que será reavaliado no início do próximo ano. "A razão principal é mercado mesmo. Chegámos a fazer uma pesquisa para ver como estavam as possibilidades, mas temos uma procura muito baixa do mercado", disse hoje o gestor, quando questionado sobre o retomar dos voos para a Guiné-Bissau, suspensos em dezembro de 2013 na sequência do embarque forçado pelas autoridades guineenses de 74 sírios no aeroporto de Bissau rumo a Lisboa.
Fernando Pinto adiantou que, quando a TAP suspendeu a operação, "outras empresas" assumiram a sua posição e, por isso, houve "uma queda muito forte da procura". "Então vimos que não era ainda possível retornar ao mercado. No início do próximo ano tem que ser muito bem analisada para ver se a rota vale a pena", acrescentou.
Sobre o que levou à suspensão da operação, Fernando Pinto disse já ter "a garantia das autoridades que as condições de segurança estão reunidas". Na altura da suspensão dos voos a TAP considerou que só retomaria os voos - que eram três semanais -, depois de as autoridades guineenses garantirem medidas de segurança no aeroporto, que a companhia considera ter sido quebrada com o incidente.
Depois de assinado o protocolo, a companhia chegou a vender bilhetes para a retoma da ligação a partir de 26 de outubro, mas entretanto cancelou a operação, sem mais explicações. As ligações diretas entre Portugal e a Guiné-Bissau são agora feitas pela companhia Euroatlantic com um voo semanal às sextas-feiras.
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